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Homem pula muro de creche em Blumenau e usa machadinha para matar 4 crianças

Ataque ocorreu na manhã desta quarta-feira (5/4) e deixou outras quatro crianças feridas. Suspeito foi preso pela Polícia Militar do estado

atualizado

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Patrick Rodrigues/NSC total
Imagem mostra pais e vizinhos após Atentado em creche de Blumenau deixa quatro crianças mortas - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra pais e vizinhos após Atentado em creche de Blumenau deixa quatro crianças mortas - Metrópoles - Foto: Patrick Rodrigues/NSC total

Um homem de 25 anos invadiu uma creche em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC), na manhã desta quarta-feira (5/4), e matou ao menos quatro crianças. O suspeito atacou as vítimas com uma machadinha e, posteriormente, foi preso pela Polícia Militar do estado.

Quatro crianças feridas foram atendidas no Hospital Santo Antônio e uma no Hospital Santa Isabel. Entre elas, há duas meninas de 5 anos, um menino de 3 anos e um de 5 anos. De acordo com a assessoria de comunicação do Santo Antônio, as crianças receberam atendimento no centro de urgência emergencial e apresentam quadro clínico considerado estável, assim como a atendida no Santa Isabel.

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O suspeito foi identificado como Luiz Henrique de Lima, de 25 anos. Segundo informações divulgadas pelo coronel Diogo de Souza, do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, o assassino pulou o muro da creche Cantinho Bom Pastor e matou três meninas e um menino, de idades entre 5 e 7 anos.

“Um homem armado com uma arma branca, do tipo machadinha, desferiu golpes nas crianças, especialmente na região da cabeça, o que levou essas crianças a óbito no local”, relatou o bombeiro. Segundo a imprensa da região, o criminoso foi preso, com a ajuda de testemunhas que o viram descendo de uma moto e pulando o muro da creche, localizada na Rua dos Caçadores, bairro Velha.

De acordo com o portal NSC Total, parceiro do Metrópoles, a ocorrência mobiliza Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Samu, agentes de trânsito e até mesmo ambulâncias particulares. Pais se aglomeram entorno da unidade de educação. O site também diz que o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, colocará a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) para ajudar na ocorrência.

Nas redes sociais, circulam vídeos de pessoas desesperadas com o incidente. Em um dos vídeos, uma mulher mostra o local do crime com diversos pais e responsáveis à procura de informações dos filhos. “Olha isso, gente. Que tristeza, pelo amor de Deus”, desabafou.

Confira vídeo feito pelo portal NSC Total:

O coronel Diogo de Souza Clarindo, do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, falou sobre o caso:

Solidariedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o massacre e o classificou como “uma tragédia inaceitável” e uma “monstruosidade.

“Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e a comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, escreveu o presidente nas redes sociais.

Veja:

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), também se solidarizou com as famílias das vítimas.

“É com enorme tristeza que recebo a lamentável notícia de que a creche particular Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, foi invadida por um assassino que atacou crianças e funcionários. Infelizmente, quatro não resistiram e morreram, além de três feridos”, escreveu Mello.

“Determinei imediatamente a ação das nossas forças de segurança, que já estão no local. Também decretei luto oficial de três dias. O assassino já está preso. Deixo aqui a minha total solidariedade. Que Deus conforte o coração de todas as famílias neste momento de profunda dor.”

Caso de Saudades

Em 4 de maio de 2021, um ataque a uma creche marcou o município de Saudades (SC). Um jovem de 18 anos entrou na instituição e, com uma espada, assassinou três bebês e duas professoras.

Com pouco mais de 10 mil habitantes, Saudades (SC) havia registrado apenas um homicídio nos cinco anos que precederam o atentado. O caráter tranquilo pelo qual a cidade era conhecida foi subvertido em 11 minutos, tempo que durou a chacina. Fabiano Kipper Mai, jovem de 18 anos sem histórico criminal, foi de bicicleta à creche Pró-Infância Aquarela e, munido de uma espada, iniciou o ataque.

Uma professora de 30 anos foi a primeira a receber os golpes desferidos com uma catana, tipo de espada japonesa. Ferida, a docente correu para a sala de aula para alertar outros funcionários. No local, Fábio atacou as crianças e os professores até a morte. Três bebês com menos de 2 anos de idade morreram. A professora Keli Adriane Aniecevski, 30, e a agente educacional Mirla Amanda Renner Costa, 20, também foram vítimas. 

O assassino desferiu golpes de espada em si, na tentativa de cometer suicídio. As autoridades o encontraram ainda vivo e o levaram ao hospital. Fábio foi encaminhado a uma instituição psiquiátrica, onde ainda aguarda, em abril de 2023, dois anos após o atentado, o agendamento de julgamento por júri popular. Ele é réu por cinco homicídios triplamente qualificados, além de 14 tentativas de homicídios.

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