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Homem denunciado por ex debocha de medida protetiva: “Vou de madrugada na sua casa”; ouça

Vítima é feirante e, nas ameaças, o acusado diz até que vai colocar fogo na kombi dela com as mercadorias. Homem ainda vigiou a casa da ex

atualizado

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Yanka Romão/Metrópoles
Ilustração de mulher fugindo de sombra de homem em fundo roxo e rosa
1 de 1 Ilustração de mulher fugindo de sombra de homem em fundo roxo e rosa - Foto: Yanka Romão/Metrópoles

Goiânia – Após ser denunciado pela ex por ameaças, um homem enviou áudios em tom de deboche sobre a medida protetiva conseguida pela mulher. Em um dos trechos, ele chega a afirmar que vai entrar em silêncio na casa dela de madrugada.

O caso aconteceu na capital goiana e é investigado pela Delegacia da Mulher de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.

“A Justiça é muito longa. Vamos resolver nós dois. Esquenta não que achar você vai ser o ‘trem’ mais fácil do mundo”, diz ele no áudio.

O homem ainda ameaça colocar fogo na kombi da vítima, que é feirante. Ele assume inclusive que vigiou a casa onde a ex mora. “Eu fui aí só para ver quem estava aí…sua mãe, sua filha, seu genro que estava na esquina de moto”, contou.

Ouça:

 

 

O nome do suspeito não foi divulgado.

Relacionamento conturbado

De acordo com a vítima, o relacionamento do ex-casal foi conturbado desde o início. Segundo ela, o homem tinha ciúmes e a impedia de se comunicar com seus familiares.

À TV Anhanguera, a mulher contou que permaneceu 10 anos junto com o ex, com quem tem uma filha. No entanto, ela relata que se separou há cerca de três meses e, desde então, as ameaças começaram e ele já chegou até a dormir na porta da casa dela como forma de quebra da medida protetiva.

“Ele não dá paz. Ele vai no meu serviço, fica ligando, ameaçando, fala que vai me matar, que se eu não ficar com ele, eu não vou ficar com mais ninguém. Ele sempre tinha muito ciúme, não deixava eu ir na casa da minha mãe, sair com ninguém, conversar com gente”, contou a mulher.

Medida negada

De acordo com a defesa da vítima, o caso se arrasta desde o mês de março. A mulher chegou a solicitar uma outra medida protetiva que foi negada, por não terem provas das ameaças anexadas no processo. Após a negativa, a vítima conseguiu a ordem judicial que proibiu que o ex-companheiro se aproximasse dela ou fizesse contato por telefone ou parentes.

Mesmo com a concessão da medida protetiva, a mulher continuou sendo ameaçada e desabafou ter medo de que algo pior aconteça.”Está bem difícil. [Tenho medo] de tudo, principalmente porque se ele me matar acaba”, finaliza.

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