metropoles.com

Henry rasgou blusa de babá para fugir de Jairinho, diz delegado

Em depoimento, Thayná Ferreira teria dito que chegou a receber R$ 100 do padrasto do menino para comprar uma roupa nova

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução redes sociais
Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
1 de 1 Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel - Foto: Reprodução redes sociais

A babá de Henry Borel, Thayná Ferreira, contou, em depoimento, que a criança chegou a rasgar sua roupa ao agarrá-la com força para não entrar no quarto junto com o padrasto, Dr. Jairinho. De acordo com o delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Henrique Damasceno, o vereador deu R$ 100 para Thayná comprar uma nova blusa após o ocorrido.

“Ela comentou com o noivo que o menino chegou a rasgar a blusa dela, desesperado para não ir para o quarto com o padrasto. Depois, Jairinho deu uma importância de R$ 100 para ela”, explicou o delegado durante coletiva de imprensa na Cidade da Polícia, nesta terça-feira (4/5).

O delegado também lembrou uma outra passagem contada por Thayná: a babá teria percebido Jairinho tampando a boca de Henry enquanto estavam juntos no quarto, em um episódio de agressão ocorrido em fevereiro.

0

“Parece estar tampando a boca do menino, uma doideira de verdade”, escreveu a babá em uma troca de mensagens. Ela teria ouvido o menino dizendo “prometo” para Jairinho, o que, segundo as investigações, corrobora a tese de que o vereador ameaçava Henry caso ele contasse as agressões para a mãe.

“O padrasto se trancou com o menino no quarto. O menino saiu, não se queixou de dores e só veio a se queixar quando mais tarde, inclusive, não quis brincar com outras crianças na brinquedoteca. Nesse primeiro episódio encontramos conversas entre ela (a babá) e o noivo. Ela dizia que parecia, de dentro do quarto, que o padrasto estava tampando a boca do menino, que dizia ‘eu prometo’. Foram episódios bastantes sérios”, relatou Damasceno.

Indiciamento

Dr. Jairinho e Monique Medeiros foram indiciados por dois dos quatro episódios de agressão envolvendo o menino Henry. Por um deles, em 12 de fevereiro, o padrasto foi indiciado por tortura, e Monique por omissão. Já pelo episódio que resultou na morte da criança, os dois foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e por tortura.

Os dados da investigação já foram encaminhados ao Ministério Público, que pode denunciar o casal pelos crimes.

Os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) pediram a prisão preventiva do casal. Os dois, no entanto, já estão cumprindo prisão temporária de 30 dias desde o dia 8 de abril. A detenção foi determinada pelo 2º Tribunal do Júri, após a polícia alegar que havia suspeitas de o casal estava atrapalhando as investigações e ameaçando testemunhas.

A prisão temporária do casal vence as 23h59 do dia 7/5. O Ministério Público espera finalizar a análise o mais rápido possível dentro do prazo de cinco dias.

O advogado de Jairinho, Braz Sant’Anna, informou que aguarda a citação do vereador para falar nos autos do processo.

A defesa de Monique Medeiros disse, em nota que “o Inquérito Policial foi finalizado prematuramente com erros investigativos. Foram reinquiridas várias pessoas e admitida mudança de seus relatos. Monique não teve igual direito, em “dois pesos e duas medidas”. Mesmo a reconstituição dos fatos, baseada em versão irreal de Monique sob coação e dissimulação, é imprestável.”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?