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Haddad: passagem aérea nas alturas puxa inflação e preocupa governo

Prévia da inflação ficou muito acima do projetado pelo mercado. Impacto maior foi do grupo de transportes, puxado por passagem aérea

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Passagueios no aeroporto de Brasília - aviao -passagens
1 de 1 Passagueios no aeroporto de Brasília - aviao -passagens - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quinta-feira (28/12), que o item preocupante na inflação é a passagem aérea. A prévia do índice, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,40% em dezembro, segundo divulgado nesta quinta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A elevação do IPCA-15 de dezembro ficou muito acima da projeção do mercado, que era de 0,25%. De acordo com o IBGE, o avanço foi, em grande parte, influenciado pelo grupo de “transportes”. Esse segmento foi puxado pelas passagens aéreas, que subiram 9,02% e tiveram o maior peso individual no mês. Em 2023, esse subitem acumulou alta de 48,11%.

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“O que está nos preocupando em relação ao IPCA é um item, que são as passagens aéreas. Elas cresceram, nos últimos quatro meses, 65%. Elas já estavam caras há quatro meses e elas subiram 65%, o que está afetando o IPCA”, comentou o ministro em coletiva de imprensa realizada na sede do ministério, em Brasília.

“Então, não é uma inflação que afeta de maneira uniforme toda a sociedade, mas afeta efetivamente quem faz uso desse meio de transporte. Então, é um impacto muito forte no IPCA”, prosseguiu. E completou: “Isso inspira muito cuidado”.

Plano para baratear passagem aérea

Em resposta aos altos preços, em meados de dezembro, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou a primeira etapa do Plano de Universalização do Transporte Aéreo. As medidas, elaboradas em conjunto pelo governo e pelas companhias do setor, preveem a oferta de uma cota de viagens com valores mais acessíveis.

Limites de preços serão aplicados por trecho de rotas e dependem da antecipação da compra do bilhete. Essa antecedência será de, no mínimo, 14 dias. E o valor não será definido pelo governo, mas pelas empresas do segmento.

Além disso, haverá benefícios como a marcação de assentos e remarcação de bilhetes, além do despacho gratuito da bagagem em 2024 para quem comprar o bilhete em cima da hora.

Veja aqui as principais medidas anunciadas por cada empresa.

Inflação dentro da meta

No ano, o resultado do IPCA-15 foi de 4,72%, também acima da expectativa dos agentes econômicos, que era de 4,57%.

Embora a prévia da inflação tenha ficado acima do esperado, ela está dentro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2023, ela é de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Isso quer dizer que o limite máximo para a inflação é de 4,75% neste ano e o resultado “encosta” no teto estabelecido.

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