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Grupos de judeus comparam tragédia dos Yanomamis ao Holocausto

Os indígenas da etnia Yanomami sofrem com o avanço do garimpo ilegal, responsáveis pela contaminação dos rios e solos

atualizado

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Weibe Tapeba/Sesai/Divulgação
Foto colorida mostra crianças Yanomami em situação de desnutrição na Terra Indígena Yanomami- Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra crianças Yanomami em situação de desnutrição na Terra Indígena Yanomami- Metrópoles - Foto: Weibe Tapeba/Sesai/Divulgação

Os grupos Judeus pela Democracia e o Observatório Judaico dos Direitos Humanos lançaram uma ação conjunta nas redes sociais, nesta sexta-feira (27/1), contra a situação de crise da população Yanomami, em Roraima, e comparam o atual cenário com o Holocausto provocado pela Alemanha nazista de Adolf Hitler.

A ação conta com mais de 400 assinaturas em apoio ao manifesto apresentado pelos grupos judaicos contra o genocídio dos Yanomamis.

“Em janeiro de 2023, às vésperas do Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto – 27 de janeiro – tornou-se pública em maior escala a crise sanitária no território Yanomami, evidenciando indícios do genocídio que se exacerbou nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Messias Bolsonaro, com claras conotações neonazistas.”, escreveu o Observatório Judaico dos Direitos Humanos.

A ação conta com o apoio da Associação Scholem Aleichem (ASA), Meretz Brasil, Movimento de Mulheres Judias Me Dê Sua Mão e Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da UFRJ.

A comparação da tragédia Yanomami com o Holocausto já havia sido feita pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.

“Remonta a cenas que só víamos em documentários da Segunda Guerra Mundial, a cenas do Holocausto, quando víamos pessoas com ossos cobertos apenas por pele. E vemos que isso acontece em nosso próprio país. Como se chegou a esse ponto?”, questionou Barra Torres durante a reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) da saúde, nessa quinta-feira (26/1).

Crise dos Yanomamis

Segundo informações da Secretaria de Saúde de Boa Vista, capital de Roraima, 703 indígenas da etnia Yanomami foram internados no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA). Entre os principais motivos para a internação estão: doença diarréica aguda, gastroenterocolite aguda, desnutrição, desnutrição grave, pneumonia, acidente ofídico e malária.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a possível omissão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à saúde dos povos indígenas.

O garimpo ilegal que se intensificou nas terras indígenas Yanomami são responsáveis pela contaminação dos rios e dos solos do território, o que dificultado o acesso a comida e água pela população local.

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