Governo quer adaptar fábricas de vacina animal para produzir doses da Covid-19

O objetivo é tentar acelerar a disponibilidade de imunizantes no país. Ministérios da Saúde e da Agricultura articulam projeto com a Anvisa

Otávio Augusto ,
Lucas Marchesini
Compartilhar notícia

Após reunião neste sábado (3/4) com a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou que o governo cogita adaptar fábricas brasileiras de vacinas para animais, para que elas passem a produzir doses para a prevenção da Covid-19 em humanos.

Queiroga não deu detalhes da intenção, mas falou brevemente sobre a possibilidade. “Vamos verificar parques industriais de vacinas animais para possível produção de vacinas de humanos. Não só para usar aqui, mas também para oferecer, em futuro próximo, para outros países da América Latina e para o mundo”, salientou.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento trata com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) sobre a possibilidade. O objetivo é tentar acelerar a disponibilidade de imunizantes no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanha as discussões para garantir “os pilares da qualidade, eficácia e segurança”.

O Brasil tem registrado sucessivos recordes em relação à Covid-19, o que tem chamado a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo, o país tem mais de 12,9 milhões de casos e 328 mil óbitos em decorrência da doença. O Ministério da Saúde aplicou 20,6 milhões unidades da vacina (entre primeira e segunda doses). Atualmente, a nação brasileira é o epicentro da pandemia.

Reunião

Queiroga se reuniu neste sábado (3/4) com a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, para discutir a situação do país. Para atenuar a situação, Queiroga foi categórico: é necessário acelerar a imunização. “Prioridade nossa é ampliar campanha de vacinação”, destacou.

O ministro anunciou um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para ampliar a vacinação no país.

Socorro demonstrou preocupação com a evolução da pandemia na população brasileira. “Temos de ganhar tempo para que produção de vacina possa estar no Brasil. Não temos como diminuir transmissão da doença se cada um não aplicar medidas sanitárias”, destacou.

Compartilhar notícia
Sair da versão mobile