Fórum de Governadores: OMS antecipará envio de vacinas ao Brasil

Coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias diz que foi acertada a antecipação de 4 milhões de doses da AstraZeneca

Nathalia Kuhl
Compartilhar notícia

Em meio à pandemia do coronavírus, os integrantes do Fórum Nacional de Governadores fizeram, nesta sexta-feira (16/4), um apelo à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena os trabalhos do fórum, a reunião com representantes de ambas as instituições “foi um sucesso”. Segundo ele, a OMS se propôs a adiantar doses de vacina ao Brasil ainda neste mês de abril.

Todos os governadores estavam presentes na reunião. Na ocasião, os políticos propuseram um “Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde”, com diretrizes “para a emergencial tomada de providências que possam mitigar o flagelo decorrente do novo coronavírus em solo brasileiro”.

De acordo com Dias, foi conseguida a antecipação de 4 milhões de doses da AstraZeneca. “É um momento em que a vida está em primeiro lugar. Quantas pessoas podem morrer pela falta dessas doses?”, diz o governador.

O documento apresentado à ONU e à OMS abordou alguns pontos do cenário da pandemia no Brasil. Os políticos pediram para incluir a antecipação, na remessa de vacinas, de medicamentos do kit-intubação e até o reforço de profissionais da área médica.

“Se o Brasil é reconhecido pela OMS como um centro da pandemia, pedimos que seja cumprido o contrato. Não queremos passar na frente de ninguém, queremos essas doses, em março, abril e maio, que foi estabelecido”, afirma Dias.

Ajuda humanitária

“No caso dos Estados Unidos, não temos contrato. Por isso que pedimos que vacinas que estejam sobrando sejam colocada para a ajuda humanitária”, acrescenta o governador sobre o apelo a Joe Biden, presidente dos Estados Unido.

Outro ponto abordado é a importação de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA): “A ONU se comprometeu a dialogar com a União Europeia, Índia e China, no sentido de buscar garantir ao Brasil a prioridade de entrega de vacinas. Solicitamos também a transferência tecnológica de IFA para o Brasil”.

Por último, Wellington Dias falou sobre a quebra das patentes: “Queremos valorizar a ciência, mas não é possível que os laboratórios fiquem impedidos de produzirem a partir do IFA”.

Otimista, o governador falou que, com essas medidas, o Brasil tem chance de imunizar rapidamente os brasileiros e, além disso, ajudar os outros países.

Compartilhar notícia
Sair da versão mobile