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Falta trabalho para 26,3 milhões de pessoas no 2º trimestre, diz IBGE

Houve recuo no total de desocupados, mas o montante de trabalhadores subocupados subiu em relação aos primeiros três meses deste ano

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A taxa composta de subutilização da força de trabalho recuou de 24,1% no primeiro trimestre de 2017 para 23,8% no segundo trimestre. Isso significa que faltava trabalho para 26,3 milhões de pessoas no Brasil no segundo trimestre. No primeiro trimestre, eram 26,5 milhões nessa condição. Embora tenha recuado o total de desocupados, houve aumento no montante de trabalhadores subocupados.

Os dados constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (17/8).

“A subocupação subiu e a desocupação caiu. Ou seja, o mercado contratou mais pessoas subocupadas”, resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.

No segundo trimestre do ano passado, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa em 20,9%, faltava trabalho para 22,7 milhões de pessoas.

Recessão
A crise econômica está por trás das dificuldades ainda apresentadas pelo mercado de trabalho brasileiro, ressaltou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. “O Brasil tem hoje 26,3 milhões de pessoas que poderiam estar trabalhando adequadamente, mas não estão. Seria a crise o motivo disso? Sim, com certeza”, justificou Azeredo.

Segundo o pesquisador, as notícias sobre a crise e sobre a dificuldade de arrumar um emprego provocam um aumento no desalento. Ele acrescenta que isso acaba gerando desalento nas pessoas, que decidem não buscar as oportunidades porque não acreditam no êxito.

A crise no mercado de trabalho tem afetado especialmente os trabalhadores do sexo masculino, apontou Azeredo. “O fato de a crise ser muito forte afeta principalmente a população adulta e homens, que normalmente são arrimo de família”, detalhou.

Com as demissões atingindo mais os homens, aumentou a proporção de mulheres empregadas no mercado de trabalho. Ainda havia mais mulheres (50,8%) do que homens na população desocupada (49,2%) no segundo trimestre de 2017, mas essa diferença já foi de 11 pontos porcentuais, no primeiro trimestre de 2012, quando a pesquisa teve início.

No segundo trimestre de 2017, a taxa de desemprego entre elas permanecia maior, aos 14,9%, enquanto entre homens era de 11,5%

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