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Ex-superintendente da PF no AM: Salles defende “infratores ambientais”

Pouco antes de ser substituído no cargo, Alexandre Saraiva deu entrevista explicando por que levou ao STF notícia-crime contra o ministro

atualizado

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Reprodução/GloboNews
Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas
1 de 1 Alexandre Saraiva, ex-superintendente da PF no Amazonas - Foto: Reprodução/GloboNews

Momentos antes de saber que seria substituído no cargo de superintendente da Polícia Federal no Amazonas, o delegado Alexandre Saraiva deu entrevista ao Estúdio I da GloboNews. No programa, ele explicou por que havia movido notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o senador Teomário Mota (Pros-RR) no Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, Saraiva apontou que os dois teriam madeireiros ilegais na área da Amazônia, facilitando a grilagem de terra na região.

“Não é todo dia que o superintendente faz isso, mas também não é todo dia que um ministro de outra pasta promove a defesa de infratores ambientais”, apontou na entrevista, feita na tarde desta quinta-feira (15/4).

No início da conversa, os jornalistas ainda questionaram se era verdade que ele seria substituído. “Não recebi nenhuma comunicação nesse sentido até agora. Não fiz concurso para superintendente, fiz para delegado”, afirmou.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também recebeu críticas de Saraiva. Segundo ele, havia uma parceira entre a PF e o órgão na luta contra o desmatamento na Amazônia.

Porém, nos últimos tempos, isso não vinha mais ocorrendo. Para ele, é preciso uma união de esforços para interromper a grilagem de terra na Amazônia, principalmente por parte dos estados.

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“Precisamos atacar o processo administrativo que autoriza isso (emissão de permissões para o uso da terra por madeireiros). Os madeireiros dizem que vão cultivar, criar gado, mas não é isso. Se queremos resolver esse problema, precisamos olhar os processos administrativos, principalmente nos estados que desmatam mais”, analisou.

Por fim, Saraiva também garantiu que nunca havia recebido pedidos diretos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem é próximo. “Nunca me foi solicitado nada que fosse fora da lei”.

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