metropoles.com

Ex-prefeito preso por estupro é investigado por outros assédios

Duas mães procuraram a polícia. O político está preso preventivamente e foi expulso do PSDB

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução
prefeito Bariri
1 de 1 prefeito Bariri - Foto: Reprodução

O ex-prefeito de Bariri (SP) Paulo Henrique de Barros Araújo, de 34 anos, preso por suspeita de estupro de uma menina de 8 anos, está sendo investigado por outros dois casos de assédio contra crianças. Os novos inquéritos foram abertos nesta terça-feira (24/4), depois que as mães das meninas supostamente assediadas pelo então prefeito interino procuraram a Polícia Civil. As crianças teriam reconhecido Barros de Araújo como o autor dos assédios com base em fotos dele apresentadas pela polícia.

Em um dos casos, no último dia 18, em Bariri, um homem que estava em um carro preto abordou uma menina de 9 anos em um ponto de ônibus e tentou fazer a criança entrar no veículo. Ele estava sem calças e manipulava o órgão sexual, segundo a vítima. A Polícia Civil teve acesso às imagens de uma câmera que comprovariam a abordagem.

O outro caso teria acontecido em Itapuí (SP), no mesmo dia 18. Conforme o relato de uma menina de 10 anos, ela seguia para a escola quando um homem com as mesmas características a abordou com o pretexto de pedir informações. Segundo a criança, o assediador estava com o órgão sexual exposto e praticava ato libidinoso.

O delegado seccional de Bauru, Ricardo Martines, informou que as duas novas denúncias serão juntadas ao inquérito que apura o crime de estupro de vulnerável do qual Barros de Araújo já é acusado. Ele foi preso em flagrante, na noite de sábado (21), acusado de atrair para o interior de seu carro e estuprar uma menina de 8 anos no bairro José Regino, em Bariri, para comprar pão.

No domingo (22), em audiência de custódia, a juíza Ana Lúcia Graça Lima Aiello converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante. O ex-prefeito foi transferido para a Penitenciária de Tremembé (SP). Conforme o delegado, o inquérito deve ser concluído em 10 dias.

Interino
Barros de Araújo exercia o cargo de prefeito interinamente, depois que a Justiça cassou o registro da chapa vencedora da eleição municipal de 2016. Após sua prisão, a Câmara o afastou do cargo, nomeando outro interino. Uma nova eleição está marcada para o dia 3 de junho. O político, que pertencia ao PSDB, foi expulso da legenda.

O advogado Humberto Pastrello, que acompanhou Araújo durante a prisão em flagrante, informou não cuidar mais do caso. O novo advogado contatado pela família do acusado, Edson Roberto Reis, disse nesta quarta-feira (25) que não assumirá a defesa dele.

Compartilhar notícia