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Estudante atacado por PM em Goiânia está consciente, mas tem pneumonia

Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, foi atingido pelo cassetete de Augusto Sampaio de Oliveira durante manifestação na sexta-feira (28/4)

atualizado

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Reprodução/Facebook
mateus ferreira da silva
1 de 1 mateus ferreira da silva - Foto: Reprodução/Facebook

O estudante de Ciências Sociais Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, foi diagnosticado na noite de quarta-feira (3/5) com pneumonia e permanecerá com ventilação mecânica. O universitário foi atingido pelo cassetete do capitão da Polícia Militar de Goiás Augusto Sampaio de Oliveira no fim da manifestação nacional de sexta-feira (28/4), no centro de Goiânia. Desde então está internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), registrando melhora progressiva, mas ainda sem previsão de alta.

De acordo com o hospital, nesta quarta-feira, Mateus permanecia com sedação leve e estava consciente. Ainda não há previsão para novos procedimentos cirúrgicos, ele teve diversos traumas em decorrência da agressão.

Vários ossos que contornam o nariz foram refeitos, a clavícula ainda está quebrada e parte do osso frontal (testa) foi retirado, exigindo reconstituição cirúrgica das membranas que protegem o cérebro, área que aguarda reconstrução.

O quadro de saúde do jovem é estável, mas grave, por isso, ele continua internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o paciente está sendo acompanhado diariamente durante 12 horas por dois familiares.

Afastamento
Na segunda-feira (1º), a Polícia Militar de Goiás retirou do serviço de ruas o capitão Oliveira Neto filmado atingindo Silva. O PM permanece em funções administrativas dentro da corporação.

A decisão pelo afastamento do policial ocorreu após a repercussão da agressão. Além de Silva, pelas redes sociais circulam imagens de quatro PMs batendo em uma jovem caída no chão. O próprio capitão é flagrado empurrando manifestantes.

O afastamento do oficial será por 30 dias enquanto durar um inquérito policial militar (IPM) cuja conclusão vai para o Poder Judiciário. O capitão já havia sido denunciado por outras três agressões, uma delas envolvendo menores de 18 anos. Segundo a sua ficha funcional, o policial nunca sofreu uma punição, recebeu diversas condecorações e 34 elogios.

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