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Eleições para governos estaduais tiveram 4 viradas do 1º para 2º turno

De acordo com levantamento do Metrópoles, o ano que concentrou mais reviravoltas na corrida eleitoral para o cargo de governador foi 1994

atualizado

Hugo Barreto/Metrópoles
Teste de integridade das urnas eletrônicas com biometria

Nas disputas por governos estaduais que foram ao segundo turno neste domingo (30/10), quatro resultados foram diferentes da primeira rodada das eleições de 2022. Os candidatos que conseguiram reverter o cenário de segundo lugar, registrado em 2 de outubro, são Fábio Mitidieri (PSD), em Sergipe, e três tucanos: Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul; Raquel Lyra, em Pernambuco; e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul.

Levantamento feito pelo Metrópoles, com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que foram 31 situações nos últimos oito pleitos, entre 1990 e 2018. Com as quatro viradas registradas em 2022, o total sobe para 35.

O ano com mais reviravoltas no resultado do primeiro para segundo turno foi 1994, com seis viradas. No Distrito Federal, Cristovam Buarque (à época, no PT) foi eleito governador após vencer Antônio Campelo, do PTB, que terminou o primeiro turno à frente.

Os outros cinco estados com resultados diferentes no segundo turno em 1994 foram Minas Gerais (que elegeu Eduardo Azeredo, do PSDB), Pará (que elegeu o também tucano Almir Gabriel), Piauí (elegeu Francisco de Assis de Moraes Souza, conhecido como “Mão Santa”, à época no PMDB), Santa Catarina (elegeu Paulo Afonso Evangelista, do PMDB) e Sergipe (o eleito foi Albano Franco, do PSDB).

Em seguida, foram registradas cinco reviravoltas cada nos anos de 1990 (Maranhão, Paraíba, Paraná, Rondônia e São Paulo) e 2014 (Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte).

Já os anos com menor número de viradas foram 2010 (Camilo Capiberibe, no Amapá, e Anchieta Júnior, em Roraima) e 2018 (Coronel Marcos Rocha, em Rondônia, e Comandante Moisés, em Santa Catarina).

Estados e partidos

Os estados com mais viradas registradas desde 1990 são Pará, Rondônia e Santa Catarina, com três cada. Já os partidos que mais conseguiram mudar o cenário foram o MDB (antigo PMDB) e o PSDB, com oito viradas cada, e o PT, com quatro.

Em 1994, Almir Gabriel (PSDB) ultrapassou o adversário Jarbas Passarinho (PPR) para governar o Pará. A situação se repetiu em 2006, quando Ana Júlia (PT) venceu Almir Gabriel após acabar o primeiro turno em segundo lugar. Já em 2014, Simão Jatene (PSDB) conquistou o Palácio Lauro Sodré com resultado melhor que o atual governador, Helder Barbalho (MDB).

Em Rondônia, a primeira virada registrada ocorreu em 1990. Oswaldo Piana (PTR) ultrapassou Valdir Raupp (PRN) do primeiro para o segundo turno. Já em 2002, Ivo Cassol (PSDB) venceu José Bianco (PFL). Em 2018, Coronel Marcos Rocha (PSL) passou Expedito Junior (PSDB).

No caso de Santa Catarina, Paulo Afonso Evangelista Vieira (PMDB) ultrapassou Ângela Amin (PPR) em 1994. Já Luiz Henrique da Silveira (PMDB) venceu Esperidião Amin (PPB) em 2002 e o atual governador, Comandante Moisés (PSL), venceu a disputa contra Gelson Merísio (PSDB) em 2018 após terminar o primeiro turno em segundo lugar.






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