metropoles.com

Voto pelo celular: conheça o resultado dos testes feitos na eleição do Entorno

Com o intuito de baratear as eleições, o TSE começou estudos de modelos por votação por dispositivo móvel

atualizado

Compartilhar notícia

Gustavo Moreno/especial Metrópoles
Luís Roberto Barroso
1 de 1 Luís Roberto Barroso - Foto: Gustavo Moreno/especial Metrópoles

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) despertou a curiosidade dos eleitores ao anunciar estudos para a adoção do voto pelo celular ou tablet nas Eleições. O projeto Eleição do Futuro foi anunciado no 1º turno das eleições 2020 e contou com testes em algumas cidades, incluindo Valparaíso de Goiás (GO), município do Entorno situado a 32 quilômetros de Brasília.

O objetivo do presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, é encontrar uma forma mais moderna e barata para o processo de votação, sem perder a segurança em cada voto. Aproximadamente 31 empresas manifestaram interesse, sendo que 26 apresentaram propostas e cases em 15 de novembro.

O Grupo de Trabalho do TSE, responsável pelo projeto, continuará os estudos sobre alternativas de voto digital. A Corte poderá realizar provas de conceito com as empresas que apresentaram soluções durante as demonstrações.

0

Por enquanto, o TSE está fazendo uma reflexão para conhecer as propostas do mercado. Nenhum centavo foi gasto até o momento.

Criptografia

A RelataSoft participou dos testes em Valparaíso. Segundo o sócio e presidente da empresa, Leonardo Cunha, o modelo apresentado reconheceu a necessidade do segredo do voto, com o uso de uma criptografia específica, com foco na área eleitoral.

Existem vários tipos de criptografia no mundo digital. A tecnologia simétrica é usada em certificados e assinaturas digitais. A proposta da empresa para garantir o sigilo do voto usa o modelo assimétrica homomórfica. Antes do voto, a plataforma faz a identificação do eleitor, sendo utilizada biometria facial.

O título de eleitor dirá quais são as linhas telefônicas do cidadão. Ou seja, o sistema checa a titularidade do chip e o registro do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Na sequência, o sistema faz a autenticação da identificação do eleitor. Dessa forma, a plataforma compara a pessoa com o cadastro eleitoral, em sigilo. Após a validação, a tecnologia emite uma autorização para o voto. A liberação é acompanhada por um mesário.

O mesário, então, vai enviar a liberação do voto para o celular do eleitor. Haverá um tempo para a pessoa votar. Até então, todo o processo segue em um sistema independente da votação. E, antes do voto, a plataforma poderá enviar vídeos explicando ao eleitor como funciona o sistema eleitoral.

Voto envelopado

Chega o momento do voto. “Na nossa proposta o voto já nasce encriptado pelo aplicativo de celular. Não poderia ser de outra forma, porque nós temos o imperativo constitucional de que o voto nasça secreto. Não posso envelopar no servidor. Tenho que envelopar na origem”, pontuou Cunha.

O voto segue cifrado em um canal seguro para dificultar interferências, impedindo a inserção de votos falsos. Neste sentindo, cada comissão eleitoral terá uma chave de acesso da sessão. No ato do voto, o sistema envia duas mensagens para a “urna”. Se o primeiro envio teve sucesso, o segundo bate como um envelope igual e é descartado.

O eleitor o mesário recebem a informação do voto. A pessoa deixa a sala, após a conclusão do processo, para não haver o risco de que ela saia com celular podendo votar novamente.

Confira a proposta da RelataSoft:

Voto 100% web

A Infolog Tecnologia em Informática também participou da exposição em Valparaíso. A empresa está no mercado desde 1998. E, a partir de 2015, passou a oferecer soluções de votação pela internet.

“Nós trabalhos com eleições com 400 mil, 350 mil pessoas, que são esses conselhos de classe maiores. Como por exemplo, o Conselho Federal de Farmácia, o Conselho Federal de Administração e o Conselho Federal de Psicologia”, contou o diretor da Infolog Felipe Arruda.

Segundo Arruda, a proposta da empresa é uma votação 100% web. Na exposição do 1º turno, foram apresentadas tecnologias já empregadas nas eleições de conselhos. De acordo com o diretor, a partir da definição do colégio eleitoral, é gerado um certificado privado e único para cada eleitor, uma espécie de e-CPF.

Na sequência, é emitida uma senha única e aleatória, que deve ser trocada pelo eleitor por uma nova.

Na hora do voto, o eleitor ainda deverá fazer o registro biométrico, podendo ser facial ou digital. “Em programação, existe a operação atômica. Ou ela acontece ou não acontece. Você tem uma comunicação entre servidores em que um servidor informa para o outro que está tudo ok. E a operação só acontece se for 100% processada da maneira correta. É igual uma transação financeira”, explicou.

Conheça o modelo da Infolog:

 

 

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?