Haddad diz que instituições precisam reagir a ameaça contra democracia
Afirmação do petista refere-se a declarações de adversário que representam, em sua avaliação, riscos até à integridade dos cidadãos
atualizado
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O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (22/10), que “as instituições precisam reagir” diante do que chamou de “ameaça à democracia” por parte de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), do filho dele, Eduardo Bolsonaro (PSL) e de seguidores da candidatura do militar da reserva.
“São ameaças ao Supremo Tribunal Federal. As instituições precisam reagir. Não só o STF foi ameaçado. A imprensa também foi ameaçada”, disse Haddad, ao comentar as declarações de Eduardo Bolsonaro de que, para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) seriam necessários “um cabo e um soldado”. A declaração foi feita pelo deputado em palestra proferida há quatro meses e vieram a tona no fim de semana, causando perplexidade em integrantes do Judiciário.
“É preciso alertarmos ao Brasil de que oposição, jornalistas, ministros e juízes estão sendo ameaçados antes da eleição terminar. Se ele tem a coragem de ameaçar a democracia antes das eleições, o que fará com seus apoiadores?”, questionou Haddad.
O ministro do STF Celso de Mello chegou a classificar de “golpismo” a atitude do filho do presidenciável. Haddad citou a declaração do ministro e do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que também reagiu dizendo que as declarações “cheiravam a fascismo”.
“Queria me congratular com o ministro Celso de Mello, que é decano daquela Corte e que chamou pelo nome o que o filho do Bolsonaro fez. Ele disse: ‘Isso é golpismo’, relatou Haddad. Com isso, Fernando Henrique cerdoso, que tem se mantido afastado dos debates políticos falou que cheira a fascismo”, citou o petista.
Na tentativa de reverter o resultado que tem se mostrado nas pesquisa, com Bolsonaro a frente, Haddad disse que é necessário afastar o autoritarismo no Brasil. “Nesta semana temos que botar de lado essa tradição autoritária que o Brasil sempre teve, mas que estava bem comportada até aqui, ou vamos correr riscos, inclusive físicos.