Força Nacional cerca MEC em véspera de greve contra bloqueio de verbas

Militares permanecem ao redor do prédio, que está com acessos fechados: nesta quarta, haverá protestos pelo país contra contingenciamento

Juliana Barbosa
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O prédio do Ministério da Educação (MEC) está cercado desde a manhã desta terça-feira (14/05/2019) por homens da Força Nacional. A solicitação da segurança extra foi feita pelo próprio MEC, por causa do protesto contra o contingenciamento de R$ 7 bilhões no setor, previsto para quarta (15/05/2019): além de Brasília, haverá atos similares em várias capitais do país.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não quis falar sobre a mobilização. Nesta quarta-feira, contudo, precisará prestar esclarecimentos sobre o contingenciamento de recursos para universidades e institutos federais de educação à Câmara dos Deputados, que aprovou a convocação do ministro durante sessão nesta tarde.

“Temos de estar preparados para evitar qualquer tipo de problema. Simples assim”, afirmou o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, sobre a convocação da Força Nacional para proteger a sede do ministério em Brasília. “Sempre, quando tem uma manifestação, todas as áreas do governo se preparam para evitar danos ao patrimônio e às pessoas, as forças estaduais acompanham [o pedido de proteção extra]”, completou.

Em nota ao portal Metrópoles, o Ministério da Educação disse que a medida se trata “de uma ação preventiva para evitar danos ao patrimônio e aos servidores por conta da greve nas universidades marcada para quarta-feira”.

Confira a nota na íntegra:
O Ministério da Educação (MEC) seguiu a Portaria 441, editada em 17 de abril pelo ministro Sergio Moro, que prevê um protocolo integrado de segurança com o Governo do Distrito Federal (GDF) para proteger a Esplanada dos Ministérios. Segundo a pasta, trata-se de uma ação preventiva para evitar danos ao patrimônio e aos servidores por conta da greve nas universidades marcada para amanhã.

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Mobilização nacional
Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) irão aderir à paralisação nacional da educação, prevista para ocorrer neste 15 de maio. A decisão foi tomada após assembleia geral realizada na última quarta-feira (08/05/2019) pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição.

A reunião ocorreu no dia seguinte ao “abraço simbólico” realizado na Biblioteca Central da UnB. O ato foi promovido em resposta ao anúncio do Ministério da Educação de que haveria corte de verbas das universidades públicas de todo o país, assim como dos institutos federais. Ainda durante a reunião promovida pelo DCE da UnB, também ficou decidida a realização de um ato em frente ao MEC nesta quarta.

“Balbúrdia”
O Ministério da Educação decidiu contingenciar recursos de universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia” em seus campi, segundo afirmou o ministro da pasta, Abraham Weintraub. A declaração provocou reações das instituições atingidas – como a UnB – e de autoridades da área de educação.

De acordo com Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”. (Com informações de agências)

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