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Tributação maior sobre produtos industriais é inaceitável, diz CNI

CNI defende equilíbrio na tributação entre os setores e classifica como injusta a tributação mais pesada sobre bens em relação a serviços

atualizado

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1 de 1 CNI-industria - Foto: CNI/Divulgação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nota nesta quarta-feira (9/6) em que pede a aprovação da Reforma Tributária com urgência. De acordo com a CNI, os produtos industrias chegam ao consumidor com impostos muito mais elevados do que o setor de serviços.

Atualmente, a carga tributária da indústria de transformação representa 46,2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos serviços a carga é de 22,1%.”Trata-se de um equívoco do ponto de vista econômico e social”, afirma a Confederação.

“Tributar mais produtos e menos serviços é injusto do ponto de vista social e contribui para aumentar a regressividade do sistema tributário brasileiro. Isso porque o peso dos serviços no consumo das pessoas mais pobres é menor do que no consumo das pessoas mais ricas”, pondera.

Entre as famílias mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, o consumo em serviços é de 9%. Já nas mais ricas, com renda superior a 25 salários mínimos por mês, o valor é de 31%.

“Essa é uma das razões pelas quais a CNI defende uma reforma tributária ampla, que introduza no Brasil um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) com alíquota uniforme sobre bens e serviços”, explicam.

Um estudo do Instituto de Pesquisa PEA mostra que, caso seja adotada a alíquota uniforme sobre todos os bens e serviços, o peso dos tributos sobre a renda cairá 2,4 pontos percentuais para as pessoas que ganham até R$ 250 por mês, ou seja, aqueles que estão entre os 10% mais pobres do Brasil. Ao mesmo tempo, esse peso subirá 1,1 ponto percentual para quem ganha acima de R$ 6,3 mil por mês – 10% mais ricos da população.

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