Servidores farão greve contra reforma administrativa em 18 de agosto

Na avaliação das centrais sindicais, a reforma pode aumentar casos de corrupção e autorizar políticos a contratar amigos e parentes

Talita Laurino
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O Fórum das Centrais Sindicais planeja fazer uma greve no dia 18 de agosto em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, da reforma Administrativa. A ideia é pressionar os parlamentares para que o projeto não avance no Congresso.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), nesta sexta-feira (30/7), ocorrerá um encontro virtual nacional, com a participação de trabalhadores do setor público das três esferas – federal, estadual e municipal – para debater e organizar a paralisação.

“Vamos discutir todo o processo de mobilização, tanto a greve como a pressão a parlamentares para que votem contra a PEC 32, além de reforçarmos as discussões nas câmaras municipais e assembleias legislativas nos estados”, afirma o diretor executivo da CUT e secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Pedro Armengol.

“A expectativa é de que, ao final do encontro, no dia 30, tenhamos como resolução a greve nacional do setor público no dia 18 de agosto”, completa o dirigente.

Na avaliação dos sindicalistas, a reforma pode aumentar casos de corrupção, autorizar políticos a contratar amigos e parentes e acabar com o serviço público.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, ocorrerá o contrário, caso a reforma seja aprovada. “Enquanto houve dirigismo (intervenção do Estado na economia) no Brasil, os escândalos de corrupção continuaram”, afirmou no início de julho durante uma sabatina no Congresso.

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