Presidente e diretoria do BC são aprovados por unanimidade no Senado
O novo presidente, Roberto Campos Melo, é defensor do liberalismo econômico e promete autonomia ao órgão
atualizado
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O novo comando do Banco Central (BC) foi aprovado, por unanimidade, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, nesta terça-feira (26/2). O órgão será presidido pelo economista Roberto Campos Neto, que já pregou autonomia ao banco e modernização da entidade.
Agora a indicação segue para o plenário do Senado. É costume da Casa referendar as escolhas da CAE quando se trata de definições sobre a equipe econômica.
No seu discurso, o executivo defendeu que o BC “dependa menos de pessoas e mais de regras”, se referindo à criação de mandatos fixos e criação de critérios para poder assumir os cargos do órgão. “Estejamos alinhados à moderna literatura sobre o tema e aos melhores pares internacionais”, defendeu. Segundo Neto, as medidas que pretende tomar serão fundamentais para a queda das taxas de juros e crescimento econômico do país.
Antes da votação, o agora presidente do banco disse que está alinhado às “ideias liberais” do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e criticou as políticas econômicas do governo de Lula e Dilma Rousseff. “Não podemos nos deixar seduzir pela falácia do estímulo inflacionário da intervenção estatal”, afirmou.
Campos Neto foi indicado ao cargo ainda durante o governo de transição e vai ocupar o lugar de Ilan Goldfajn. O novo comandante do BC. Ele é neto de Roberto Campos (1917-2001), ex-ministro do Planejamento do governo Castello Branco.
Também foram aprovados na sabatina dos diretores de Política Monetária, Bruno Serra Fernandes, de organização do Sistema Financeiro, João Manoel Pinho de Mello, além da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Flávia Martins Sant’anna Perlingeiro