Presidente da Apex critica Greenpeace e Gisele Bundchen
Em almoço com jornalistas, Roberto Jaguaribe afirmou que “é preciso relativizar documentos vazados pela organização ambientalista”
atualizado
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No início da tarde desta sexta-feira (8/12), o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) recebeu jornalistas para fazer um balanço das exportações do país em 2017 e mostrar quais os planos para o mercado exterior no próximo ano. No entanto, entre números e expectativas positivas, Roberto Jaguaribe comentou o vazamento de documentos feitos pelo Greenpeace.
No relatório, a organização ambientalista internacional afirma que as negociações do acordo entre a União Europeia e o Mercosul podem aumentar o desmatamento por aqui, ao expandir a pecuária e as áreas de plantação.“O meio ambiente é uma questão fundamental. Mas há uma imagem difusa do meio ambiente brasileiro. O Brasil é o que mais preserva sua cobertura ativa, que mais contribuiu para diminuir o processo de mudança de clima. Mas a imagem que passamos não é essa, há a divulgação de informações isoladas. Eu podia montar um painel das maravilhas brasileiras, como o Greenpeace faz das desgraças por aqui”, cutucou.
E sobrou até para a modelo brasileira mais famosa de todos os tempos. “Japão e Holanda usam mais agrotóxico do que nós por área. O que me angustia é ver Gisele Bundchen chorando na televisão por conta do agrotóxico brasileiro. Claro que tem coisas equivocadas, como trabalho escravo e degradante, mas não temos imigrantes não registrados, por exemplo. É preciso guardar as proporções, porque há interesse demagógico de fazer com o que o Brasil apareça dessa forma”, completou.
Números
De janeiro a outubro de 2017, as exportações totais brasileiras geraram US$ 183,5 bilhões, sendo que US$ 51,6 bilhões foram das apoiadas pela Apex-Brasil. Atualmente, a agência apoia 11.562 empresas em 223 mercados ao redor do mundo. Para 2018, a agência selecionou 22 mercados prioritários, que são locais onde os produtos brasileiros podem ter espaço. Por meio do e-commerce, a ideia é que os itens feitos do país cheguem em especial a China, Estados Unidos, México e Argentina. Esse comércio, normalmente, cresce mais de 10% ano.