Focus volta a prever inflação maior em 2021, com índice de 4,85%
Mercado financeiro também elevou a projeção sobre a taxa básica de juros, a Selic, para 5,25% ao ano, em 2021
atualizado
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O mercado financeiro voltou a elevar, nesta segunda-feira (12/4), a projeção sobre a inflação do país para 2021, após quebrar uma sequência de 12 altas consecutivas.
Relatório de Mercado Focus publicado na última segunda-feira (5/4) manteve a previsão sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 4,81%.
Até então, a expectativa sobre a inflação do país vinha crescendo ininterruptamente, há 12 semanas – com o agravamento, a patamares recordes, da pandemia de Covid-19.
Agora, o boletim Focus elevou a previsão sobre o índice em 0,04 ponto percentual, para 4,85%.
Divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), o relatório reúne a expectativa do mercado financeiro, como bancos, consultorias e corretoras, por exemplo, sobre os principais indicadores da economia.
Prédio do Banco Central no Setor de Autarquias Sul - Brasília - DF 04/11/2015
Banco Central do Brasil Daniel Ferreira/Metrópoles
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Banco Central do Brasil Felipe Menezes/Metrópoles
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Michael Melo/ Metrópoles
Já o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá encerrar 2021 em 3,08%, prevê o mercado financeiro. Na semana passada, a projeção sobre o crescimento da economia do país era de 3,17%. Essa é a sexta baixa consecutiva no indicador.
Selic
Além disso, o boletim Focus desta segunda-feira elevou em 0,25 ponto percentual a previsão sobre a taxa básica de juros. Logo, a taxa Selic deverá encerrar 2021 em 5,25% ao ano.
Há uma semana, essa projeção era de 5% ao ano e há um mês, de 4,5% ao ano.
Hoje, a taxa Selic está em 2,75%, após o Comitê de Política Monetário (Copom) decidir, em 17 de março, aumentar o juros em 0,75 ponto percentual.
Foi a primeira vez desde 2015 que o índice sofreu aumento. A medida busca controlar a inflação.
Na ata da reunião, o Copom avaliou que, para a próxima reunião, “seria adequada a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude”.
