O consumo de feijão e arroz pelos brasileiros caiu nos últimos 10 anos, indica a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgada nesta sexta-feira (21/8) pelo IBGE.
Do biênio 2008-2009 a 2017-2018, a frequência do consumo de feijão caiu de 72,8% para 60% e o de arroz de 84,0% para 76,1%, segundo o levantamento do instituto brasileiro.
A queda do consumo do arroz foi observada sobretudo nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e foi mais acentuada no quarto (25%) da população com renda mais alta.
Por outro lado, arroz e feijão, além de pão francês, farinha de mandioca, milho e peixes frescos, estão mais presentes na mesa das pessoas com renda mais baixa.
O gerente da pesquisa, André Martins, explica que apesar da diferença entre as pessoas de classes de rendimento diferentes, arroz e feijão ainda são bastante presentes na dieta dos brasileiros em geral.
{{#values}}{{#ap}} {{/ap}}{{^ap}} {{/ap}}{{/values}} “Já os produtos industrializados, que têm valor de mercado maior, são mais encontrados nas famílias de rendimento per capita mais alto”, complementa o especialista do IBGE.
Além de produtos como doces, pizzas, salgados fritos e assados e sanduíches serem mais frequentes na classe de rendimento mais alta, a quantidade consumida também é maior entre eles.
Um exemplo é a pizza, alimento referido por 4,6% dos moradores dos domicílios com maior rendimento, no período pesquisado. Nos domicílios de renda mais baixa esse número era de 1%.
Ao se analisar a diferença de idade, a frequência de consumo de frutas, verduras e legumes é menor entre adolescentes do que entre adultos e idosos, exceto para açaí e batata inglesa.
Os adolescentes consomem o dobro de sanduíches, quatro vezes mais pizzas, nove vezes mais bebidas lácteas e 20 vezes mais salgadinhos que os idosos.