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Dólar reverte queda no final da tarde e volta a encostar em R$ 3,90

Real foi a única moeda entre os principais mercados emergentes a perder valor ante o dólar

atualizado

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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1 de 1 dolar-1-840×577 - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar voltou a subir e encostar na casa dos R$ 3,90 após operar, desde a abertura, em queda, acompanhando o movimento da moeda norte-americana ante as divisas de emergentes. O real foi a única moeda entre os principais mercados emergentes a perder valor ante o dólar nesta quinta-feira (12/7). Operadores de câmbio ressaltam que houve saída de recursos para o exterior na tarde de hoje, principalmente, do mercado de renda fixa.

Mesmo na falta de uma notícia nova capaz de catalisar a virada do dólar, os profissionais dizem que o ambiente doméstico segue incerto, por causa das eleições, e de renovadas preocupações com a situação fiscal do Brasil, com Congresso aprovando medidas de impacto relevante nas contas públicas. As últimas votações aumentaram despesas e abriram mão de receitas para o governo. O dólar à vista fechou a sessão em alta de 0,21%, a R$ 3,8837.

O Banco Central fez hoje apenas o leilão tradicional de rolagem de swaps (venda de dólar no mercado futuro), que vencem em agosto, mas não houve novamente a intervenção extraordinária. Já são 14 dias úteis sem novas ofertas de swap e 11 dias sem leilões de linha (venda de dólar à vista com compromisso de recompra).

Na mínima do dia, a moeda dos EUA chegou a cair para R$ 3,83 e, só no meio da tarde, passou a subir, chegando a bater na máxima de R$ 3,9022. Ao contrário do dólar, o risco Brasil medido pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, derivativo de crédito protetivos contra calotes na dívida soberana, operava em baixa hoje, a 246,52 pontos-base, ante 252,9 do fechamento de ontem.

Na avaliação do operador da corretora Multimoney Durval Corrêa, não há notícias positivas agora que atraiam estrangeiros no Brasil neste momento mais conturbado também no exterior, marcado pelo medo da piora da tensão comercial entre Estados Unidos e seus principais parceiros, sobretudo a China.

“No mercado doméstico, há uma sucessão de notícias negativas, seja no campo fiscal, tributário ou na atividade”, ressalta ele. Hoje o ministro da Fazendo, Eduardo Guardia, disse ao Broadcast que o governo vai revisar para baixo a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2018 de 2,5% para 1,6%. A estimativa fará parte do relatório bimestral de receitas e despesas, previsto para ser publicado dia 22.

Para o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado, os investidores estão preocupados com o ambiente político, por contas das eleições muito indefinidas, enquanto o Congresso aprovou medidas que vão contra o ajuste fiscal. Ele avalia que o BC só vai voltar a intervir no mercado de câmbio quando os movimentos ficarem mais bruscos. “Parece que o mercado está mais sustentado, trabalhando mais no racional”, disse ele.

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