A Central Única dos Trabalhadores (CUT) convocou, nesta quinta-feira (16/3), sindicalistas para participarem de manifestação para pressionar o Banco Central (BC) pela queda da taxa de juros. O ato deverá acontecer na próxima terça-feira (21/3) em Brasília, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, cidades onde há sede do BC.
A CUT adota discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra a alta da taxa Selic e declara que o modelo atual do Banco Central atende a interesses dos rentistas do mercado financeiro.
Além da pressão para queda da taxa de juros, a Central Única dos Trabalhadores também pede a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e do Conselho Monetário Nacional.
A convocação para a manifestação foi publicada pelo presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, nas redes sociais.
Confira:
Lula e o Banco Central
Na posse do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em fevereiro, o presidente Lula criticou a taxa básica de juros.
“Não existe nenhuma justificativa para a taxa de juros a 13,5% (sic), é só ver a carta do Copom para ver a vergonha que é esse aumento de juros e a explicação que deram para sociedade brasileira”, declarou o presidente na época.
Para tentar amenizar o reflexo no mercado financeiro, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), declarou que a queda da taxa de juros é necessária para o crescimento do país.
“Nós temos 2% do PIB do mundo, 98% do comércio está fora do Brasil. Nós temos que aproveitar todas as oportunidades para gerar emprego para fazer crescer a economia e baixar os juros. Isso [baixar os juros] é muito importante para poder atrair mais investimento e fazer a economia crescer mais”, declarou Alckmin após uma reunião no Palácio do Itamaraty.