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Crise econômica reduz número de milionários no Brasil

O número de “ricos e ultrarricos” passou de 161 mil em 2014 para 149 mil em 2015. A recessão, a queda do valor das bolsas e a desvalorização do real foram os principais motivos

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015
1 de 1 Notas de dinheiro – Brasília(DF), 06/10/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O Brasil foi o país que mais perdeu milionários em 2015 entre as grandes economias do mundo. A constatação foi publicada pela consultoria Capgemini, que aponta que o número de “ricos e ultrarricos” passou de 161 mil em 2014 para 149 mil em 2015. A recessão, a queda do valor das bolsas e a desvalorização do real foram os principais motivos.

A queda de 7,8% vai no sentido contrário da tendência mundial. Segundo o estudo, os ricos do planeta estão mais ricos do que nunca e acumulam uma fortuna de US$ 58,7 trilhões. O valor é 4% acima de 2014. Na Europa, depois de anos de recessão e crise, 2015 registrou uma alta de 4,8% no número de milionários. Na Holanda, o salto foi de 7,5%.

O informe faz uma distinção entre dois grupos: os ricos são aqueles com uma fortuna acima de US$ 1 milhão, sem contar propriedades, carros ou quadros. Já para se qualificar entre os ultrarricos, a fortuna deve passar a marca de US$ 30 milhões.

Pelo ranking da consultoria, o Brasil caiu da 16ª para a 17ª posição entre os países com o maior número de milionários, superado em 2015 pelo russos. Já o México perdeu 1,8% de sua população de ricos.

Na América Latina, a proporção de ultrarricos (pessoas com patrimônio de mais de US$ 30 milhões) é uma das mais altas do mundo. A região representa 8,4% dos super-ricos e detém 28% da fortuna de todos as pessoas nessa categoria. Mas, com 56% dos ultrarricos da América Latina, o Brasil viu essa categoria de pessoas sofrer uma queda de 6% em 2015.

“O Brasil continua a sofrer uma contração diante de volatilidade política e da queda dos mercados de ações”, indicou o informe.

Mundo
Se a crise afetou as fortunas brasileiras, a Capgemini aponta que, pela primeira vez, a Ásia superou a América do Norte na concentração de fortunas. Na região que inclui China e Japão, a riqueza acumulada aumentou 10%, chegando a US$ 17,4 trilhões, contra US$ 16,6 trilhões na América do Norte e US$ 13,5 trilhões na Europa. Na América Latina, o volume chegou a US$ 7,4 trilhões

No total, o mundo conta com 15,4 milhões de pessoas com o status de milionários. Em 2014, essa taxa era de 14,6 milhões. Entre os países, os EUA ainda lideram, com 4,4 milhões de pessoas nesta situação.

O Japão vem em segundo, com 2,7 milhões, seguido por 1,2 milhão de alemães milionários. Já a China aparece na quarta posição e, pela primeira vez, soma mais de 1 milhão de ricos.

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