Brasil perde 94,7 mil empregos com carteira em julho
O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262 735 demissões no período
atualizado
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O Brasil perdeu 94.724 vagas formais de emprego em julho deste ano, informou nesta quinta-feira (25/8) o Ministério do Trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262 735 demissões no período.
O saldo divulgado nesta quinta ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam em julho fechamento de 147,2 mil a 81,4 mil vagas. Com isso, a mediana ficou negativa em 90,2 mil postosO número de postos fechados em julho deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 157 905 vagas. Porém, superou o fechamento de 91.032 vagas formais de emprego em junho de 2016.
No acumulado do ano, o saldo de postos fechados é de 623.520 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002.
No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou julho com 1 706.459 vagas formais a menos, também considerando dados com ajuste.
Serviços
O setor de serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, foram extintos 40.140 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho.
Na sequência figurou a construção civil, com o encerramento de 27.718 vagas com carteira assinada em julho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas o comércio (-16.286 postos), a indústria de transformação (-13.298 vagas), a indústria extrativa mineral (-1.181 postos) e os serviços industriais de utilidade pública (-591 postos).
O resultado do Caged em julho só não foi pior porque a agricultura abriu 4.253 vagas, enquanto a administração pública criou 237 novos postos.
Ao todo, o mês de julho foi caracterizado pela extinção de 94 724 vagas. Em nota à imprensa, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que a desaceleração no ritmo de fechamento de postos reflete uma “recuperação gradual da economia”. Em julho do ano passado, o Caged apontou demissão líquida de 157.905.
“Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre”, avaliou o ministro.