metropoles.com

BC nomeia comissão de inquérito para investigar Banco Azteca do Brasil

De acordo com o documento, a comissão terá 120 dias para a conclusão dos trabalhos. O grupo será formado pela presidente Maria Cristina Piacesi e outros dois relatores

atualizado

Compartilhar notícia

EDUARDO DUARTE/ESTADÃO CONTEÚDO
Brasil, Brasília, DF, 14/10/2014. Retrato do edifício sede do Banco Central, em Brasília (DF).
1 de 1 Brasil, Brasília, DF, 14/10/2014. Retrato do edifício sede do Banco Central, em Brasília (DF). - Foto: EDUARDO DUARTE/ESTADÃO CONTEÚDO

O Banco Central nomeou nesta quarta-feira (6/4) a comissão de inquérito que vai investigar o Banco Azteca do Brasil, em liquidação extrajudicial desde 8 de janeiro deste ano. A instituição tem sede em Recife (PE). A informação foi divulgada no BC Correio, sistema de troca de informações da instituição com o mercado financeiro, por meio do Ato de Diretor 590, assinado pelo diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural, Sidnei Corrêa Marques.

De acordo com o documento, a comissão terá 120 dias para a conclusão dos trabalhos. O grupo será formado pela presidente Maria Cristina Piacesi e pelos relatores Leonardo Mendes Guimarães e Antônio Cláudio Lopes da Gama Cerqueira.

Quando o BC decretou a liquidação, no início de 2015, levou em conta o comprometimento da situação econômico-financeira, a existência de graves violações às normas legais e regulamentares que disciplinam a atividade da instituição e a ocorrência de prejuízos, sujeitando os credores quirografários a “risco anormal”. Na ocasião, José Augusto Monteiro Neto foi nomeado como liquidante do caso e a data da medida em 9 de novembro de 2015.

Em nota, naquela data, o BC explicou que o banco é uma instituição de pequeno porte autorizada a operar carteiras comercial e de crédito, financiamento e investimento e que possuía apenas uma agência, com 0,0005% dos ativos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e 0,0009% dos depósitos.

Ao apresentar esses dados, o BC sinalizou que o risco de contaminação ao SFN é baixo. A instituição informou também que cerca de 68% do total dos depósitos do Banco Azteca do Brasil contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). “O Banco Central está tomando todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades, nos termos de suas competências legais de supervisão do sistema financeiro”, trouxe o documento, na ocasião.

Compartilhar notícia