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BB: presidente do Conselho de Administração renuncia e ataca Bolsonaro

Renúncia ocorre após afirmação de que o indicado para presidir o banco não tem competência para gestão. Outro conselheiro também saiu

atualizado

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MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Banco do Brasil (BB)
1 de 1 Banco do Brasil (BB) - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

O Banco do Brasil informou nesta quinta-feira (1/3) a renúncia de Hélio Magalhães e de José Guimarães Monforte aos cargos de membros do Conselho de Administração da instituição financeira.

Magalhães era presidente do conselho do banco e sua saída tem efeito a partir de sexta-feira (2/3). Monforte era membro independente do colegiado e sua saída já tem validade nesta quinta.

As duas renúncias ocorrem logo após eles terem afirmado que o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para presidir o banco, Fausto Ribeiro, não tem experiência para gerir o banco.

Bolsonaro nomeou Ribeiro em março para suceder André Brandão, que renunciou após ter sido ameaçado de demissão por Bolsonaro.

A carta-renúncia foi entregue nesta quinta e a instituição fez um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Ribeiro é funcionário do BB desde 1988 e o terceiro presidente do banco em seis meses.

De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, na carta de renúncia, Magalhães afirma ter tomado a decisão em razão do “reiterado descaso com que o acionista majoritário vem tratando não apenas esta prestigiada instituição, mas também outras importantes estatais de capital aberto e seus principais administradores”.

Desrespeito

Magalhães aponta tentativas de desrespeito à governança corporativa, que não foram adiante em razão da atuação diligente do conselho e pela “higidez dos mecanismos de governança da companhia”.

O executivo aponta interferências externas na execução do plano de eficiência da companhia, que já havia sido aprovado pelo conselho e que seria “obviamente necessário para adequá-la aos novos tempos e desafios do setor”.

Magalhães protestou ainda contra o rito de escolha do novo presidente do banco, “o qual simplesmente não considera o desejável crivo deste conselho, vez que baseado em legislação anacrônica e contrária às melhores práticas de governança em nível global”.

Magalhães ainda reforça que nos quase dois anos que presidiu o conselho, a instituição evoluiu principalmente em três frentes: elevar a governança um padrão best in class, melhorar a eficiência do banco e avançar nos projetos de desinvestimentos.

“Infelizmente, entendo que essas prioridades não são mais do interesse do acionista majoritário”, conclui.

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