Após queda recorde, consumo das famílias cresce 7,6% no terceiro trimestre
Alta é insuficiente, no entanto, para recuperar perdas registradas no segundo trimestre, durante o estopim da pandemia de Covid-19
atualizado
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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quinta-feira (3/12) indicam que as famílias brasileiras aumentaram o consumo, mas ainda não retornaram ao patamar anterior à pandemia de Covid-19.
Sob a ótica das despesas que formam o Produto Interno Bruto (PIB) do país, o “consumo das famílias” (equivalente a 65% das despesas do PIB) cresceu 7,6% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao três meses anteriores.
No entanto, a alta não é capaz de recuperar as perdas provocadas pela crise econômica do novo coronavírus. No primeiro e no segundo trimestre, o consumo das famílias registrou baixas de 1,5% e 9,6%, respectivamente.
“O consumo de serviços teve crescimento, mas foi bem menor do que a queda anterior, pois as famílias não voltaram a consumir no patamar anterior à pandemia”, ressalta a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Em termos de comparação, o valor do PIB do consumo das famílias do terceiro trimestre deste ano, ainda afetado pela pandemia do novo coronavírus, recuou 6% ao se comparar com o terceiro trimestre do ano passado.
Para o IBGE, contribuem para essa baixa o distanciamento social que vigora em algumas localidades, bem como os efeitos negativos sobre o mercado de trabalho — a taxa de desemprego chegou a 14,6% no terceiro trimestre.
Por outro lado, o IBGE destaca que a prorrogação dos programas de apoio do governo a empresas, como o Pronampe, e famílias, como o auxílio emergencial de R$ 600 (reduzido a R$ 300), tem ajudado a manter o consumo.