metropoles.com

Após críticas de Bolsonaro, Joaquim Levy pede demissão do BNDES

O presidente disse, no sábado, que a “cabeça do Levy estava a prêmio”. Antes do fim de semana terminar, o executivo se afastou das funções

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Joaquim Levy
1 de 1 Joaquim Levy - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após críticas duras e diretas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu a demissão. Em carta endereçada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy pediu afastamento do cargo.

“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda [aceite]”, destacou o economista, em trecho da carta distribuída à imprensa na manhã deste domingo (16/06/2019).

“Agradeço ao ministro o convite para servir ao país e desejo sucesso nas reformas. Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade”, prossegue a carta.

Jair Bolsonaro disse nesse sábado (15/06/2019) que poderia demitir o presidente do BNDES na segunda-feira (17/06/2019) porque ele teria pedido a demissão do novo diretor de Mercado de Capitais da instituição financeira, Marcos Pinto, considerado pelo chefe do Planalto alguém “suspeito” .

“O Levy nomeou Marcos Pinto para o BNDES e eu já estou por aqui com o Levy. Falei pra ele: ‘Demite esse cara ou eu demito você segunda sem falar com o Guedes’”, contou. Pinto trabalhou como assessor do banco no governo PT. Bolsonaro disse, ainda, que “Levy estava com a cabeça a prêmio”.

Na sequência, também por meio de carta, Barbosa Pinto pediu sua demissão a Joaquim Levy. Pinto disse que decidiu deixar o banco de fomento em razão do “descontentamento manifestado” pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tarde desse sábado (15/06/2019).

O próprio Joaquim Levy também fez parte de governos petistas. Na primeira administração de Lula, ele foi secretário do Tesouro sob o comando do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Na gestão de Dilma Rousseff, ele foi o ministro da Fazenda.

Leia a íntegra da nota de Joaquim Levy:

“Solicitei ao ministro da Economia Paulo Guedes meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda.

Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas.

Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade.

Joaquim Levy”

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?