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Após 22 meses em queda, Brasil volta a gerar empregos

O Brasil criou 35.612 empregos com carteira assinada em fevereiro, mesmo com o saldo positivo deste mês, o acumulado do ano ainda é negativo

atualizado

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Valdecir Galor/SMCS
Carteiras de trabalho sobre a mesa
1 de 1 Carteiras de trabalho sobre a mesa - Foto: Valdecir Galor/SMCS

O Brasil criou 35.612 empregos com carteira assinada em fevereiro, interrompendo 22 meses consecutivos de perdas de vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado ficou bem acima do projetado pelos analistas e representa o melhor dado para fevereiro desde 2009. No acumulado do ano, contudo, o País ainda tem recuo de 5.475 postos de trabalho

De maneira incomum, o dado foi anunciado em coletiva de imprensa pelo presidente Michel Temer e pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, no Palácio do Planalto, em meio ao um momento político sensível após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito de seis ministros do governo.

“Vocês sabem que a economia brasileira volta a crescer e os sinais desse fato são cada dia mais claros. Em fevereiro, por exemplo, o número de empregos formais de 35.612 vagas”, disse Temer. Para Temer, o número representa “o começo depois de 22 meses negativos”. O presidente destacou que a reação do mercado de trabalho dá possibilidade de vida digna aos mais de 35 mil brasileiros que retornaram ao mercado de trabalho formal.

Em seu discurso, Temer afirmou ter certeza que a inflação fechará o ano abaixo do centro da meta de 4,5% e também afirmou que o Congresso Nacional continuará apoiando as medidas de seu governo.

Em termos setoriais, os dados mostram que cinco dos oito setores de atividade econômica apresentaram expansão no nível de emprego. Entre estes, destacam-se, pela ordem, os serviços (+50.613 postos), administração pública (+8.280 postos), agricultura (+ 6.201 postos) e indústria de transformação (+3.949 postos). Os setores com desempenho negativo foram comércio (-21.194 postos) e construção civil (-12.857 postos).

Entre as cinco regiões do país, houve crescimento de postos de trabalho no Sul (35.422), Sudeste (24.188) e Centro-Oeste (15.740). No Sul e Centro-Oeste, o saldo foi positivo em todos os Estados. Nas regiões Norte e Nordeste, o número de dispensas superou o de contratações, com reduções de 2.730 vagas e 37.008, respectivamente.

São Paulo foi o estado que teve o maior saldo de empregos em fevereiro (25.412), seguido de Santa Catarina (14.858), Rio Grande do Sul (10.602), Minas Gerais (9.025) e Goiás (6.849).

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