Alta da inflação: gasolina, etanol e diesel puxam aumento dos preços

A disparada da moeda americana – que, depois do feriado da Independência, fechou em US$ 5,32 – pesa fortemente sobre valor dos combustíveis

Talita Laurino
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O salto da inflação, desde o começo do ano, chegou a 5,67%, a maior taxa para o período desde 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Alguns itens essenciais para o dia a dia dos brasileiros se destacaram, por serem produtos cujo preço subiu além da média, como os combustíveis.

A influência sobre essas altas pode ser explicada, em sua maioria, pela seca, que é a pior enfrentada pelo país dos últimos 91 anos. Outro fator importante, porém, destaca-se: a desvalorização do real frente ao dólar, que tem impacto direto sobre o preço da gasolina e do diesel.

A disparada da moeda americana – que, após o feriado da Independência, fechou em US$ 5,32 – pesa fortemente sobre os combustíveis. Isso porque o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril. Hoje, esse custo está em U$ 77,84, o que corresponde a cerca de R$ 405, na conversão.

“Em oito meses, o preço da gasolina sofreu alta em sete deles. Somente em abril houve queda no custo desse insumo, de 0,44%”, aponta o analista da pesquisa de preços do IBGE André Filipe Guedes Almeida.

Em agosto, o grupo de transportes se tornou o de maior impacto no orçamento doméstico na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e superou inclusive o custo da alimentação. O grupo respondeu por 20,87% do indicador, enquanto a alimentação, por 20,83%.

A gasolina subiu 2,8% e teve o maior impacto individual (0,17 p.p.). Etanol (4,5%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%) também ficaram mais caros no mês.

O preço do gás encanado (2,70%) e do gás de botijão (2,40%) também subiram. No gás encanado, houve reajustes tarifários em Curitiba e no Rio de Janeiro.

Veja os 15 itens que mais subiram no acumulado do ano

  1. Pepino: 78,51%
  2. Abobrinha: 72,90%
  3. Pimentão: 58,18%
  4. Etanol: 40,75%
  5. Revista: 34,72%
  6. Gasolina: 31,09%
  7. Gás veicular: 30,12%
  8. Óleo diesel: 28,02%
  9. Açúcar refinado: 27,11%
  10. Fubá de milho: 25,05%
  11. Mandioca (aipim): 24,93%
  12. Repolho: 23,82%
  13. Gás de botijão: 23,79%
  14. Melão: 22,14%
  15. Açúcar cristal: 20,15%

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