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Dono do Telegram admite “negligência” e pede desculpas ao STF

Aplicativo foi bloqueado por Moraes após não atender pedidos da Justiça. “Poderíamos ter feito um trabalho melhor”, disse Pavel Durov

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Telegram bloqueado no Brasil
1 de 1 Telegram bloqueado no Brasil - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O programador e empreendedor russo Pavel Valerievitch Durov, fundador e dono do aplicativo Telegram, admitiu em seu canal na plataforma que o bloqueio determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal), foi fruto de “negligência” da empresa.

“Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, a Corte decidiu proibir o Telegram por não ser responsivo”, escreveu Durov.

“Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor”, declarou o empreendedor.

Em sua decisão, que atendeu a pedido da Polícia Federal, Moraes escreveu que “o desrespeito à legislação brasileira e o reiterado descumprimento de inúmeras decisões judiciais pelo Telegram – empresa que opera no território brasileiro, sem indicar seu representante –, inclusive emanadas do Supremo Tribunal Federal, é circunstância completamente incompatível com a ordem constitucional vigente, além de contrariar expressamente dispositivo legal”.

Fator Allan dos Santos

O bloqueio do Telegram pelo STF se deve, além da falta de respostas, ao desrespeito a decisões que determinavam a exclusão de canais ligados ao militante bolsonarista Allan dos Santos. Ele está foragido nos Estados Unidos desde outubro do ano passado e tenta usar as redes sociais, apesar de estar bloqueado em todas as que atuam no Brasil, para atacar o STF e seus ministros, principalmente Alexandre de Moraes.

O canal principal de Santos foi finalmente bloqueado no dia 26 de fevereiro, mas o extremista continuou burlando as determinações abrindo perfis alternativos.

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Durov falou, em seu texto, sobre o episódio:

“Cumprimos uma decisão judicial anterior no final de fevereiro e respondemos com uma sugestão de enviar futuras solicitações de remoção para um endereço de e-mail dedicado. Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o STF usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco. Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório à Corte”, explicou o russo, sem citar Allan dos Santos.

Ele ainda pediu que o Supremo leve em conta os “milhões de brasileiros que contam com o Telegram para se comunicar com seus familiares” e adia a decisão “por alguns dias”. Durov também prometeu nomear um representante no Brasil para tratar de assuntos judiciais.

Veja a postagem completa, feita em inglês pelo dono do Telegram:

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