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Discussão causada por funk acaba com PM assassinando mulher no RJ

Hayssa Alves de Souza Andrade, de 21 anos, apresentou 36 lesões pelo corpo, sendo 22 ferimentos de entrada e 14 de saída

atualizado

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Hayssa
1 de 1 Hayssa - Foto: null

Uma jovem de 21 anos foi morta por um policial militar em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, na madrugada de sexta-feira (8/12). Hayssa Alves de Souza Andrade, estudante de Administração, estava em uma festa na qual o agente, Jorge Luis da Silva, 39, também havia sido convidado. No local, a jovem teria plugado o celular em uma caixa de som, deixando que um funk tocasse. O policial desaprovou a música, se irritou e atirou em Hayssa.

Jorge Luiz não conhecia a jovem até então e, de acordo com testemunhas, agiu com truculência durante todo o evento. Ele já havia tentando se aproximar da vítima antes, sendo rechaçado. Durante a briga por causa da música (que, para o agente, era uma apologia ao Comando Vermelho), o policial teria tentado ameaçar o grupo da jovem com a pistola.

Hayssa teria perguntado: “Você vai me matar?”. Foi nesse momento, de acordo com pessoas que estavam no local da festa, que Jorge sacou a arma e abriu fogo contra ela. “Ele chutou o copo dela e perguntou por que Hayssa estava rindo. Depois, ameaçou-a de morte e atirou 26 vezes”, contou uma prima da universitária, que também participou do evento.

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A arma usada para o homicídio, uma pistola calibre .380, tem capacidade para 19 munições e uma na câmara, de modo que o agente podo ter feito até 20 disparos contra a mulher. O corpo dela apresentou 36 perfurações, segundo o delegado Fábio Cardoso, titular da Divisão de Homicídios (DH), que investiga o caso. O laudo cadavérico apontou a existência de 22 ferimentos de entrada e outros 14 de saída, indicando que Hayssa tentou se defender.

Sobre as 36 lesões, o laudo de necropsia aponta: “Isso não quer dizer que ela foi baleada 36 vezes. A vítima teve várias lesões nas mãos e nos braços — tipico de defesa. Essas balas entraram pelos braços, saíram e atravessaram outros órgãos. Por isso, esse número alto de perfurações”. Segundo parentes, a jovem era a mais nova de duas irmãs e costumava frequentar festas.

O cabo Jorge foi preso em flagrante por homicídio qualificado. Ele parecia estar embriagado e tentava se livrar da arma, afirmando aos agentes “ter feito uma besteira”. Nesta segunda-feira (11) ele será encaminhado para uma audiência de custódia; a DH pediu à Justiça que a prisão em flagrante seja convertida em preventiva, e que o acusado fique detido até que o caso seja julgado. As informações são do Extra.

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