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Diretor de filme sobre sequestro de filha de Moro se diz apavorado

O curta-metragem Operação Lula Livre motivou a abertura de inquérito da Polícia Federal contra Alexandre Barata Lydia

atualizado

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YouTube/Reprodução
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1 de 1 curta-lula-livre - Foto: YouTube/Reprodução

O diretor e roteirista Alexandre Barata Lydia, 55 anos, produzia curtas-metragens no YouTube, que não passavam de algumas centenas de visualizações. No entanto, o filme Operação Lula Livre viralizou e, por conta do conteúdo, motivou a abertura de inquérito da Polícia Federal, a pedido do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Em entrevista à revista Veja, Alexandre Barata Lydia disse estar apavorado e com medo de ser preso. “Não duvido que Moro possa me prender. Se ele fez isso com o Lula, que, na minha opinião, não cometeu crime, o que ele pode fazer com um zé ninguém como eu? Só porque ele ficou com raivinha por achar que estava sendo ameaçado”, opinou.

No filme, que o diretor ressalta ser uma peça de ficção, sequestradores capturam a filha do ministro “Sergio Mauro”, para exigir a liberdade do ex-presidente “Luiz Jararaca da Silva”. No cativeiro, tatuam a expressão “Lula Livre” na testa da garota antes de libertá-la, a pedido do próprio ex-presidente fictício.

“Não esperava essa reação. Achei melhor tirar o filme já que ele criou tantos celeumas e aborrecimentos. Pensei que seria algo localizado, mas até um jornalista da Noruega já me ligou”, comentou o diretor.

O Ministério da Justiça confirmou que o inquérito policial foi aberto conta os responsáveis pelo filme. A Polícia Federal não se pronunciou sobre o caso. Sergio Moro e sua esposa, Rosânagela Moro, tem duas filhas.

Discordância

Apesar de ter tirado o filme do ar por conta da repercussão negativa, Lydia diz que a obra foi mal compreendida. “O final da história mostra que a luta armada é ridícula. Em conversas, tomando cerveja, sempre ouço pessoas dando esse tipo de ideia. Para mim é um absurdo. Os guerrilheiros são dois quixotescos que não têm vontade nenhuma de fazer mal à menina”, avalia.

O diretor no entanto, ataca o ministro. “O Moro é um sujeito fascista. Ele só não é ditador porque não tem poder. A mesma coisa se aplica ao Bolsonaro. Estou alarmado, estupefato e estarrecido. Não sou do PT, nunca fui filiado a partidos políticos e nem quero ser. Estou aguardando chegar alguma coisa até mim. O filme é uma comédia, mas vou responder ao inquérito. Não tenho outra opção”, conclui.

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