MPT investiga Embaixada das Filipinas por agressão de representante a empregada

Órgão identificou que a funcionária filipina de 51 anos pode ter sido submetida ao que se chama de trabalho degradante

Marcelo Montanini
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O Ministério Público do Trabalho abriu inquérito contra a Embaixada das Filipinas no Brasil, diante do flagrante de agressões da embaixadora Marichu Mauro contra uma empregada doméstica filipina, de 51 anos.

No fim de agosto, um funcionário da embaixada entregou imagens do circuito interno da residência oficial da diplomata, em Brasília, ao órgão, que começou  a apurar o caso. A investigação aberta em 29 de setembro está a cargo da procuradora Carolina Mercante.

O caso foi revelado nesse domingo (25/10), pelo Fantástico, da TV Globo, que teve acesso às filmagens, com imagens de beliscões, tapas e puxões de orelhas. O Ministério Público do Trabalho identificou que a empregada pode ter sido submetida ao que se chama de trabalho degradante.

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Embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro é flagrada agredindo trabalhadores da representação no Brasil
Embaixadora das Filipinas no Brasil
Marichu Mauro puxa a orelha de uma empregada da Embaixada das Filipinas no Brasil
Marichu Mauro agride uma empregada da Embaixada das Filipinas no Brasil
Marichu Mauro agride uma empregada da Embaixada das Filipinas no Brasil
Marichu Mauro
Embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro, também representa o país na Venezuela

“Ainda há a necessidade de apuração porque o vídeo está sem áudio, mas pelos vídeos nós detectamos agressões físicas e isso se configura trabalho degradante”, disse a procuradora.

Na madrugada desta segunda-feira (26/10), o secretário de Relações Exteriores do país, Teodoro Locsin Jr., anunciou o retorno da embaixadora às Filipinas para explicar os maus-tratos contra a sua equipe de serviço.

Marichu Mauro está no cargo desde 7 de abril de 2018. Ela chegou a ser homenageada pelo então presidente Michel Temer, que recebeu suas credenciais diplomáticas. No início de outubro, Marichu obteve uma condecoração do presidente Jair Bolsonaro.

Desde janeiro, ela também representa as Filipinas na Venezuela, como embaixadora não residente. Do mesmo modo, é embaixadora na Guiana, na Colômbia e no Suriname.

A funcionária agredida saiu do país na última quarta-feira (21/10). Ela não gravou entrevista e disse apenas que estava feliz em voltar para casa. A reportagem contatou a embaixada e aguarda resposta.

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