Covid-19: partido convoca ato contra “pena de morte” nos presídios

A intenção, segundo o PCO, é que as autoridades tomem providências para evitar genocídio dentro das cadeias

Guilherme Waltenberg
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O Partido da Causa Operária (PCO) está convocando uma manifestação contra o que chamou de “pena de morte”, que, na avaliação da legenda, estaria sendo imposta a presidiários com a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Marcada para 13 de maio — dia da abolição da escravatura –, a manifestação denuncia a velocidade com que a doença tem se alastrado por presídios brasileiros.

“O sistema carcerário concentra o maior número de casos positivos do Covid-19. São pessoas infectadas, confinadas para morrer no sistema carcerário”, destaca a convocação.

Amparado pelas premissas dos direitos humanos, o grupo cobra que as visitas aos presos — suspensas em Brasília desde o dia 10 de março — sejam retomadas, que sejam feitos testes em massa nas cadeias e que haja liberação de presos para o regime semiaberto.

Em Manaus, ocorreu rebelião e é evidente que isso pode ocorrer em outros lugares. As famílias querem evitar o desastre, o massacre, o genocídio”, destaca outro trecho do chamamento.

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A ideia é que familiares e apoiadores da causa façam uma passeata pacífica entre a praça Zumbi dos Palmares até a Esplanada dos Ministérios para chamar a atenção da população e das autoridades para o problema.

O número de contaminados por coronavírus no sistema carcerário do Distrito Federal soma 617 pessoas. Os últimos dados divulgados pelas secretarias de Saúde e de Segurança Pública apontam que 173 policiais penais já foram infectados pela doença (44 se curaram). E o total de presos que testaram positivo chega a 444.

O total de infectados é maior que em qualquer uma das 33 regiões administrativas do Distrito Federal. O Plano Piloto, que lidera a soma de contaminados entre as cidades, tem 337 casos confirmados; Em seguida, vem Águas Claras, com 223; e Samambaia, 139.

Ou seja, a população infectada da Papuda é 83% maior que a comunidade contaminada no Plano Piloto; 176% maior que a de Águas Claras e 343% — ou quase quatro vezes mais — que a de Samambaia, a terceira cidade em número de doentes do DF.

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