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Desmatamento na Amazônia bate recorde em março: 367,61 km²

Os alertas de desmatamento bateram recorde no mês passado. Greenpeace critica gestão do governo atual e do ministro do Meio Ambiente

atualizado

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Reuters
Março de 2021 bate recorde em alertas de desmatamento na Amazônia
1 de 1 Março de 2021 bate recorde em alertas de desmatamento na Amazônia - Foto: Reuters

De acordo com os dados Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), março bateu recorde nos registros de desmatamento da Amazônia. Foram devastados 367, km², segundo medições do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Este foi o maior alerta para o período, desde a criação da série histórica, a partir de 2015. No mesmo mês do ano passado, 326,9 km² foram desmatados. Antes, o março com mais devastação verificado pelos satélites foi 356 km², no período 2017/2018.

O Greenpeace reforçou que o aumento de 12,5% nas medições aconteceu mesmo com uma cobertura de nuvens, fato que pode dificultar a leitura dos radares do Deter.

Segundo a organização, o governo é o maior responsável pelos aumentos e recordes no desmatamento, o Greenpeace afirmou que de 2019 para 2020 a devastação subiu 9%.

“Com Ricardo Salles trabalhando contra o meio ambiente e o Congresso Nacional trabalhando para legalizar grilagem, flexibilizar o licenciamento ambiental e abrir terras indígenas para mineração, o desmatamento tende a continuar em alta” ressaltou Cristiane Mazzetti, Gestora Ambiental do Greenpeace.

A entidade recordou sobre a paralisação do Fundo Amazônia e corte de recursos para a proteção do meio ambiente, confirmado pelo Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2021. Ainda foi apontado que grandes polígonos de desmatamento, áreas de até 5 mil hectares, têm sido mais observados por imagens de satélites.

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