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Delegada diz que bolsonarista não morreu e está em “estado estável”

Jorge Guaranho, que atirou em petista durante festa de aniversário, está internado. Polícia errou ao informar que ele havia morrido

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Reprodução/Redes sociais
Jorge José da Rocha Guaranho
1 de 1 Jorge José da Rocha Guaranho - Foto: Reprodução/Redes sociais

A delegada da Polícia Civil de Foz do Iguaçu (PR) Iane Cardoso, que participa das investigações acerca da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, petista assassinado a tiros por um bolsonarista durante sua festa de aniversário de 50 anos, afirmou que o homem que atirou contra ele está vivo.

Segundo a delegada, embora a polícia tivesse informado o óbito de  Jorge José da Rocha Guaranho anteriormente, foi apurado que ele foi internado.

“Ele está vivo e estável, custodiado pela Polícia Militar e foi autuado em flagrante”, afirmou a delegada em entrevista coletiva realizada neste domingo (10/7).  Guaranho foi levado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

Segundo informações de testemunhas e da polícia, por volta das 23h o agente penitenciário federal, identificado como Jorge José da Rocha Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou.

A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). Com poucos convidados — cerca de 40 pessoas -, a festa ocorreu na noite deste sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR). O evento tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

A polícia investiga o crime como sendo de “motivação de política”. “Ele chega na festa ouvindo músicas que remetiam a Bolsonaro. Testemunhas contaram que ele teria gritado “Aqui é Bolsonaro”. O guarda pede para ele se retirar e ele não vai embora. O guarda municipal joga pedras contra ele. Assim começa a briga. vamos ouvir mais testemunhas. Informamos anteriormente que Jorge tinha vindo a óbito, mas ele está vivo e estável”, afirmou a delegada.

Família

O guarda municipal petista era casado e pai de quatro filhos, entre eles um bebê de 1 mês. Era guarda municipal há 28 anos, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do PT local. Nas eleições de 2020, saiu candidato a vice-prefeito de Foz pelo Partido dos Trabalhadores.

A Polícia Civil está investigando o assassinato. Uma das primeiras medidas foi requisitar as imagens das câmeras de monitoramento para a diretoria da Aresfi, que se comprometeu a entregá-las. As armas foram encaminhadas para perícia.

Em nota, o PT nacional lamentou a morte de Marcelo Arruda.

“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz a nota.

“Marcelo, não esqueceremos de você, em sua memória continuaremos na luta contra a violência, a injustiça e a intolerância. Presente, hoje e sempre!”, conclui a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).

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