“CPI vai ser uma prévia de 2022”, afirma ministro Fábio Faria

Em entrevista ao Metrópoles, ministro das Comunicações disse que, com a CPI, o governo “terá oportunidade de responder” questionamentos

Gabriella Furquim
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Em entrevista ao Metrópoles, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que a CPI da Covid-19 será “uma prévia” da disputa eleitoral de 2022. “Tudo que iriam colocar na mesa durante as eleições, o governo terá oportunidade de responder na CPI”, disse (confira a partir 1’21”). De acordo com Faria, o governo federal está “tranquilo” diante das investigações: “Quem fez algo errado em relação à Covid que vai ficar preocupado” (20′).

“Com a inclusão de estados e municípios [na CPI], a gente vai poder analisar o que cada um fez, se alguém teve culpa, se houve desvio”, assinalou (2′).

O ministro criticou o fechamento precipitado de hospitais de campanha e questionou a responsabilidade de governadores no processo. “Hospitais de campanha foram abertos, por exemplo, em vários lugares por causa desses recursos. E foram fechados porque os governadores não acreditavam em uma segunda onda. Isso não é uma omissão? Já imaginou se fosse o Bolsonaro que tivesse fechado todos os hospitais de campanha do Brasil? [Chamariam] Bolsonaro de assassino, genocida”, argumentou (23′).

Bolsonaro x Lula
Ao analisar o retorno do ex-presidente Lula para o cenário eleitoral, Fábio Faria disse que não é “uma novidade para Bolsonaro ter o PT e o Lula na disputa”. “O Lula traz votos, mas traz rejeição também. Tem muitas pessoas que nem iriam participar das eleições e, com a volta do Lula candidato, estão preocupadas com o presidente, querendo que ele faça isso ou faça aquilo, senão pode haver uma possível volta do Lula. Então, ele [Lula] traz também um lado que ajuda o presidente Bolsonaro”, afirmou (4’38”).

Para o ministro das Comunicações, a presença do ex-presidente no debate “matou o centro”. “Não vejo, de forma alguma, como um candidato de centro entrar [na disputa]. Com Lula e Bolsonaro, vai ser um Fla-Flu eleitoral. A gente vai ter uma campanha com muita paixão e ódio”, avaliou (7’24”). “E Bolsonaro é favorito”, disse. Na avaliação de Fábio Faria, as atuais pesquisas de intenção de voto estão comprometidas por “uma cortina de fumaça” decorrente da pandemia de Covid-19.

Sobre uma possível candidatura do governador de São Paulo ao Planalto, Fábio Faria declarou: “O Doria quer ser candidato a presidente porque sabe que ele não ganha em São Paulo. Então, já que ele vai perder, é melhor perder sendo candidato à Presidência da República” (6’36”).

Orçamento
Fábio Faria elogiou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na condução das discussões sobre o orçamento de 2021: “Foi muito correto”. O ministro apostou em “um entendimento” sobre a sanção do projeto apresentado pelo Congresso ao governo federal.

“O presidente [Bolsonaro] quer manter a harmonia com o Poder Legislativo. Com o Arthur Lira, com o Rodrigo Pacheco. Nós pagamos um preço por dois anos de trocas de farpas com o presidente da Câmara. Isso foi muito ruim. Se você olhar de 1º de fevereiro para cá o que a gente já votou de matérias importantes, relevantes”, disse (30′).

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Fábio Faria subiu o tom ao repercutir o áudio vazado pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO): “O presidente foi gravado por um senador. Em vários lugares do mundo, dá prisão, dá cadeia” (25′).

O ministro reconheceu que somente a vacinação em massa permitirá aos brasileiros retornarem à rotina de normalidade. Mas não soube estimar quando o governo terá condições de imunizar todas as pessoas previstas no Plano Nacional de Imunização.

“Você me fez uma pergunta que eu não tenho como responder: quando é que a gente vai ter a vida normal. Mas eu diria que a gente vai ter muito antes que países grandes” (15’33”).

O ministro também falou sobre expectativas para o leilão do 5G e abordou as mudanças que a chegada da tecnologia vai promover no país. Durante a conversa, os participantes mantiveram distância superior a 3 metros.

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