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Covid: paciente com Ômicron morreu 3 dias após internação em Goiás

Primeira morte por Ômicron no país foi em Aparecida de Goiânia. Variante foi identificada por sequenciamento genômico em idoso de 68 anos

atualizado

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Covid-19
1 de 1 Covid-19 - Foto: Viktor Forgacs/ Unsplash

Goiânia – A primeira vítima da variante Ômicron do coronavírus morreu apenas três dias após a internação. Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, cidade em que a vítima morava, o idoso de 68 anos evoluiu para um quadro de choque séptico em decorrência de complicações da Covid-19.

A confirmação da morte em decorrência da variante se deu nesta quinta-feira (6/1), pela pasta municipal. O resultado foi obtido por meio de sequenciamento genômico. Foi a primeira morte confirmada causada pela variante do novo coronavírus no Brasil.

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Segundo informações do órgão municipal, a vítima da doença tinha doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar. O paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses da vacina.

Sintomas e internação

De acordo com a SMS de Aparecida, o paciente teve início dos sintomas dia 20/12/21 (tosse, dispneia, desconforto respiratório, saturação menor que 95%). No entanto, o idoso foi admitido na Unidade de Pronto-Atendimento Brasicon no dia 24 de dezembro do ano passado. Dois dias depois, após estabilização, ele foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal de Aparecida (Hmap).

No mesmo dia da transferência (26/12), foi recolhida a amostra swab nasofaringe do paciente, que foi encaminhada ao laboratório do hospital. Porém, no dia seguinte, o homem evoluiu com choque séptico em decorrência da Covid-19 e foi a óbito, à 1h31.

A unidade hospitalar solicitou o resultado de RT-PCR para sequenciamento genético, que confirmou a contaminação pela variante Ômicron. A análise foi feita pelo laboratório Hlagyn de Aparecida de Goiânia – laboratório treinado e validado pela Fiocruz para fazer sequenciamento.

Contaminação

Ao Metrópoles, a SMS de Aparecida informou que a transmissão da variante no município é comunitária. Nesse sentido, não é possível indicar as circunstâncias da contaminação do idoso.

De acordo com a pasta, o paciente teve contato com outras pessoas que também estavam com Covid-19 recentemente. No entanto, não é possível precisar os detalhes, se alguém esteve fora do país ou informações adicionais.

Confirmação

A confirmação do primeiro óbito ocorre exatamente 10 dias após a declaração de transmissão comunitária na cidade. A detecção foi possível graças ao Programa Municipal de Sequenciamento Genômico, que tem feito a análise de amostras positivas de RT-PCR coletadas no município para mapear a informação genética e identificar as variantes do SARS-CoV-2 (novo coronavírus) em circulação. Até o momento, 2.386 sequenciamentos já foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de Ômicron. A prevalência da variante alcançou a casa dos 93,5%.

Avanço da Ômicron

O secretário de Saúde de Aparecida, Alessandro Magalhães, explica que a vacinação é muito importante porque reduz as chances de complicações e óbitos, mas que deve estar acompanhada do uso da máscara, da correta higiene das mãos e do distanciamento social sempre que possível.

Alessandro Magalhães ressalta que o avanço da variante Ômicron já foi percebido em todas as partes do mundo e, não seria diferente, em Aparecida de Goiânia: “Na semana epidemiológica 48, de 2021, a prevalência da variante Delta era 100%. Já na semana 52, última do ano, alcançamos 93,5%. Esse dado confirma a rapidez da disseminação da Ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul. Mas ainda é muito recente para que possamos analisar dados como letalidade e taxas de agravamento”, afirmou.

O gestor destacou que Aparecida segue monitorando a situação, atenta a quaisquer alterações no cenário da pandemia: “Nossa estratégia permanece aquela indicada pela OMS: testar, monitorar, cuidar e vacinar”.

Delta

Em agosto do ano passado, o município de Aparecida de Goiânia também foi o primeiro no estado a confirmar uma morte pela variante Delta. A primeira vítima fatal foi um idoso de 67 anos, que teve a morte constatada em 8/8. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Garavelo.

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