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Conselho pede expulsão de estudante que ironizou morte de paciente

A aluna de medicina do Centro Universitário Cesmac reclamou, em rede social, que o falecimento atrapalhou o horário dela de descanso

atualizado

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Reprodução/Instagram
Estudante de medicina ironiza morte de paciente em unidade de saúde de Marechal Deodoro, AL
1 de 1 Estudante de medicina ironiza morte de paciente em unidade de saúde de Marechal Deodoro, AL - Foto: Reprodução/Instagram

A estudante de medicina que fez piada com a morte de uma paciente durante o plantão, na Unidade Mista Dr. José Carlos Gusmão, em Marechal Deodoro, Alagoas, teve expulsão recomendada pelo conselho do Centro Universitário Cesmac. A informação foi confirmada ao G1 nesta quarta-feira (16/2), pelo vice-reitor da universidade, professor Douglas Apratto Tenório.

“Essa foi a primeira vez que o conselho universitário se posicionou pelo desligamento de um aluno. Cabe ressaltar que a instituição não compactua com o posicionamento da aluna, mas sabemos que hoje as pessoas usam as redes sociais de diversas formas e que muitas vezes postam coisas que não deveriam ser publicadas”, explicou.

Em publicação no Instagram, a jovem reclamou que “não dormiu”, pois precisou atender uma paciente durante horário de descanso. Ela ainda expôs o nome da mulher ao publicar uma “atualização” do quadro de saúde dela. “Atualizações: a mulher morreu e eu não dormi”.

A Cesmac então abriu um processo administrativo para apurar o caso, que teve grande repercussão negativa nas redes sociais. Desde o ocorrido, a jovem se encontra afastada das atividades acadêmicas e impedida de estagiar na rede pública.

A família da paciente, Lenilda Silva Nunes, de 62 anos, afirma que vai processar a estudante e está analisando se deve acionar a Justiça contra a Secretaria de Saúde do município, responsável pela supervisão das atividades na unidade de saúde.

Vilma Leite, irmã de Lenilda, revelou que a família ficou em choque  e horrorizada com as declarações.

“Se ela é uma estudante de medicina e está fazendo isso, imagina quando for uma médica, vai matar muita gente desse jeito, né? Porque queira ou não, a culpa toda também é dela, porque se fosse a mãe, o pai dela, uma parente, ou um amiguinho dela, ela não teria feito isso. Tinha corrido logo pra chamar o médico para socorrer. É revoltante”, desabafou.

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