CNBB critica ações do governo Bolsonaro na pandemia

Bispos disseram que o momento exige competência e lucidez dos governantes e cobraram auxílio emergencial digno pelo tempo que for necessário

Estadão Conteúdo
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A 58ª Assembleia-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), encerrada nesta sexta-feira (16/4), foi marcada por cobranças ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido, principalmente em relação à pandemia. Na mensagem ao povo brasileiro, o episcopado criticou o negacionismo e o desprezo às medidas sanitárias que caracterizaram as ações do governo federal durante a crise sanitária.

Os bispos disseram que o momento exige “competência e lucidez” dos governantes e cobraram “auxílio emergencial digno pelo tempo que for necessário”. Também defenderam o respeito às restrições impostas pela pandemia.

Segundo a CNBB, o país vive uma grave crise sanitária, econômica, ética, social e política, intensificada pela pandemia, que traz consequências mais desafiadoras na vida dos pobres e fragilizados.

Nesta sexta, o Brasil chegou a 368.749 óbitos e computou 13.832.455 casos de contaminação. Os bispos destacaram o papel da Igreja de, por exigência do Evangelho, assumir posicionamento em questões sociais, econômicas e políticas e disseram não poder se calar “quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a Justiça corrompida e a violência instaurada”.

Para a entidade, “são inaceitáveis discursos e atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e ameaçam o estado democrático de direito”, numa referência também aos ataques do bolsonarismo a outros poderes.

“É necessária atenção à ciência, incentivar o uso de máscara, o distanciamento social e garantir a vacinação para todos o mais breve possível”, defendeu a CNBB.

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