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Cid disse que seu pai tinha US$ 25 mil de Bolsonaro e quis evitar depósito

“Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né?”, disse Mauro Cid, sobre dinheiro que, segundo PF, seria de venda de joias

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Hugo Barreto/Metrópoles
CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Metrópoles
1 de 1 CPMI do 8 de Janeiro O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), é ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em mensagens recuperadas pela Polícia Federal, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid fala com um colega sobre US$ 25 mil em dinheiro que estariam em poder de seu pai, o general da reserva Mauro Lourena Cid, e que pertenceriam ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Nas comunicações, o ex-ajudante de ordens demonstra temor sobre fazer um depósito e fala sobre entregar o dinheiro em espécie para Bolsonaro.

O pai de Cid foi alvo, nesta sexta-feira (11/8), de operação da PF em investigação sobre a venda nos Estados Unidos de presentes oficiais dados a Bolsonaro.

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“Tem vinte e cinco mil dólares com meu pai. Eu estava vendo o que, que era melhor fazer com esse dinheiro levar em cash (dinheiro vivo) aí. Meu pai estava querendo inclusive ir aí falar com o presidente (…) E aí ele poderia levar. Entregaria em mãos. Mas também pode depositar na conta (…). Eu acho que quanto menos movimentação em conta, melhor né? (…)”, disse Cid, em 18 de janeiro deste ano, em mensagem a Marcelo Câmara, seu colega na ajudância de ordens de Bolsonaro.

Para os investigadores da PF, a mensagem mostra que “Mauro Cid deixa evidenciado o receio de utilizar o sistema bancário formal para repassar o dinheiro ao ex-presidente e então sugere entregar os recursos em espécie, por meio de seu pai”.

Em hipótese no relatório da PF sobre a investigação sobre a venda de presentes oficiais, os investigadores anotam que “os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores”.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou sobre a operação.

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