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Caso Henry: veja fotos e vídeos da reprodução simulada no apartamento

Polícia investiga demora de 39 minutos no socorro: mãe diz que encontrou Henry ferido às 3h30, e imagens do elevador mostram saída às 4h09

atualizado

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Rio de Janeiro – O menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos, foi assassinado dentro de casa, e o crime teve a participação do padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (ex-Solidariedade), e da mãe  da vítima, a professora Monique Medeiros. A certeza se deu a partir dos laudos da reprodução simulada no apartamento do casal, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. O Metrópoles teve acesso a fotos e vídeos da ação, que contou com um boneco com o mesmo tamanho e peso de Henry.

A simulação constata que os golpes que provocaram as 23 lesões graves apontadas como causas da morte da criança foram feitos no apartamento, de onde o menino só foi retirado para ser socorrido 39 minutos depois de ser encontrado ferido pela mãe – ela afirma ter entrado no quarto às 3h30, e as câmeras do elevador registram o momento da saída em busca de socorro às 4h09.

A Polícia Civil do Rio agora investiga o motivo da demora em levar o garoto para o hospital.

Em depoimento na delegacia da Barra da Tijuca, Monique Medeiros disse que acordou no quarto de hóspedes, por volta das 3h30, quando viu a TV ligada e Jairinho dormindo ao seu lado. Em seguida, ela disse que foi até o quarto do casal e encontrou o filho caído no chão.

23 lesões por ação violenta

O laudo da reconstituição da morte do menino Henry Borel descarta, então, “a possibilidade de um acidente doméstico (queda)”, a exemplo do que já tinha apontado a necropsia do corpo do garoto, derrubando a alegação de Monique em depoimento. Entre essas lesões que mataram Henry, estão, por exemplo, a laceração no fígado, danos nos rins e a hemorragia na cabeça.

Na última quinta-feira (8/4), foram presos Dr. Jairinho, padrasto da criança, e a mãe do garoto. A prisão se deu pela suspeita de homicídio duplamente qualificado – com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima –, por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões.

A reprodução simulada do dia da morte do menino foi feita no dia 1º de abril. Policiais civis e peritos testaram todas as possibilidades de queda no quarto — como sustentaram o padrasto e a mãe de Henry, em depoimento à polícia.

“Não há a menor hipótese de ele ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona, quer de uma estante, que tem 1,20 metro de altura”, afirmou Denise Gonçalves Rivera, perita criminal da Polícia Civil do RJ.

“Fizeram todas as medições e viram que, em nenhuma dessas circunstâncias, ele teria essas lesões que a necropsia apresentou”, emendou.
Ainda segundo o laudo da reprodução, há lesões de baixa e de alta energia, provenientes de ações violentas entre as 23h30 e as 3h30. No depoimento, a mãe afirmou que o filho acordou três vezes com o barulho da televisão da sala, onde Monique e Jairinho assistiam a uma série.

“É possível que Henry tenha sido agredido cada vez que ele ia reclamar”, disse Denise.

 

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