Cadela morre de infarto após queima de fogos no Rio de Janeiro

Em um texto carregado de emoção, Christiane Néri desabafou sobre a perda de sua cadela após a queima de fogos no Rio de Janeiro. Publicado pelo marido dela, Randei Silva, nessa terça-feira (1º/1), ele dá a medida da tristeza que tomou conta da mulher depois de receber a notícia.

“Escrevi sem pensar o que eu queria dizer para ela. A Mila não era um cão, era minha filha”, disse Chris ao jornal Estado de S. Paulo. A tutora afirma que, apesar de ter ficado bem assustada com o som dos rojões, a pitbull deitou ofegante após ser acalmada. Porém, ao acordarem, os donos a encontraram morta. Eles acreditam que a cachorra, que não tinha problemas de saúde, teve um infarto.

“A Mila ficou em estado de pânico, foi muito triste ver aquela situação. Colocamos músicas, cantamos e demos carinho até que ela se deitou e, aparentemente, estava mais calma. Mas, depois de um cochilo, fomos vê-la e ela já estava sem vida”, contou Chris.

Mila foi adotada por Chris, que a levou para morar em sua casa, no Rio. “Ela foi resgatada muito sofrida, não confiava em ninguém. Com o tempo, conseguimos adaptá-la à família, porque ela era um amor. Encontrá-la daquele jeito foi uma das piores coisas da minha vida. A morte da Mila é tola, estúpida. Ela estava bem e foi arrancada de mim, ela iria viver mais alguns anos. Poderia ter sido evitado, é possível fazer um espetáculo apenas com luzes”, afirma a tutora.

Além de resgatar animais há 10 anos, Néri mantém uma organização chamada Pata Amiga, que cuida de animais em um sítio com hospedagens pagas até que eles consigam um lar definitivo. Agora, o projeto pretende dar início a uma campanha contra fogos de artifício e rojões.