metropoles.com

Bolsonaro sobre colapso da saúde em Manaus: “Nós fizemos a nossa parte”

Sem oxigênio nos hospitais, capital do Amazonas vai transferir mais de 700 pacientes e terá toque de recolher. Situação no estado é caótica

atualizado

Compartilhar notícia

Igo Estrela/Metrópoles
15_01_2021_10_12_38
1 de 1 15_01_2021_10_12_38 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (15/1) que o governo federal fez sua parte ao enviar recursos à capital amazonense para ajudar na crise de saúde pela qual passa o estado.

O sistema de saúde do Amazonas vive uma situação de colapso com o recrudescimento dos casos de infectados pelo novo coronavírus e a alta de mortes em decorrência da doença. Depois que as internações por Covid-19 bateram recorde na unidade federativa, os hospitais, sobrecarregados, ficaram sem oxigênio para pacientes.

“A gente está sempre fazendo o que tem que fazer, né? Problema em Manaus: terrível o problema lá, agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios. Hoje as Forças Armadas deslocou (sic) para lá um hospital de campanha, tá certo? O ministro da Saúde esteve lá na segunda-feira, providenciou oxigênio, começou o tratamento precoce, que alguns criticam ainda”, assinalou o mandatário do país.

Doentes começaram a ser levados para outros estados. Lotados, os cemitérios instalaram câmaras frigoríficas. O governador Wilson Lima (PSC) decretou toque de recolher por 10 dias. Ninguém pode sair de casa entre 19h e 6h. A medida é uma tentativa de conter a propagação do vírus.

O mandatário conversou com apoiadores na manhã desta sexta, antes do expediente no Palácio do Planalto. O vídeo da conversa foi divulgado no YouTube por um canal alinhado ao presidente e possui cortes e edições.

0
Medicamentos sem eficácia comprovada

Aos simpatizantes, Bolsonaro voltou a defender a administração de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. Segundo pesquisadores, além de não possuírem comprovação, as drogas podem ocasionar danos colaterais aos pacientes.

A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) alertou que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina está associado ao risco de distúrbios psiquiátricos e comportamentos suicidas.

Tradicionalmente empregados no tratamento de malária e lúpus, os medicamentos chegaram a ser uma esperança contra a Covid-19, mas estudos científicos descartaram a eficácia no combate à doença.

O presidente, no entanto, contrariou as recomendações médicas e sanitárias e afirmou que não há efeitos colaterais. “Não tem efeito colateral. Alguns ficam falando: ‘Ah, a ciência’. Calma, rapaz, esses medicamentos — a hidroxicloroquina são 70 anos — não têm efeito colateral. Se não surtir efeito, não vai acontecer nada pra ele”, disse.

“O médico pode receitar o tratamento precoce. Se o médico não quiser, procure outro médico. Não tem problema. Repito o tempo todo aqui: no meu prédio, mais de 200 pessoas pegaram a Covid-19, se trataram com cloroquina e ivermectina, ninguém foi para o hospital. E assim vocês veem exemplo no Brasil todo”, afirmou.

0

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?