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Bolsonaro desacredita a Coronavac: “Validade parece que é de 6 meses”

Presidente também disse que “muita gente tem tomado e não tem anticorpo nenhum”. As críticas não têm base científica

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Ao se defender das acusação das quais tem sido alvo na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender a cloroquina e o tratamento precoce como solução para a Covid-19 e desacreditou a Coronavac, vacina que já teve 49 milhões de doses enviadas ao Programa Nacional de Imunização desde o início do ano.

Falando do Palácio da Alvorada, em Brasília, o presidente da República concedeu entrevista por videoconferência para a SIC TV, de Rondônia, que transmite a programação da TV Record no estado.

“Eu tenho acompanhado a atuação dos senadores dos Estados Unidos. Lá eles estão indo pra cima, dizendo que esse vírus não vem do pingulim [pangolim] e nem do morcego, foi um vírus de laboratório. Estão responsabilizando outro país”, disparou o presidente, em mais uma referência à China.

Logo depois, ele defendeu medicamentos que, ao contrário da vacina, não têm comprovação de eficácia contra a Covid-19. “[Cloroquina] É medicamento baratíssimo. Então, a indústria farmacêutica não se preocupa com isso, se preocupa com as vacinas, que são caras. E nós não sabemos ainda por quanto tempo a pessoa, uma vez tomando uma vacina, vai ficar imunizada”, disse.

“Tem uma delas, que é a segunda mais usada aqui, a Coronavac, que o prazo de validade dela parece que é em torno de seis meses. E assim mesmo tem muita gente que tem tomado e não tem anticorpo nenhum. Então, essa vacina não tem uma comprovação científica ainda”, discursou o presidente, que tem investido em se contrapor ao adversário político João Doria (PSDB), governador de São Paulo e protagonista na negociação que trouxe a chinesa Coronavac ao Brasil.

Na mesma entrevista, ao dizer que está tentando adiantar a chegada de doses da vacina da Pfizer ao Brasil, Bolsonaro voltou a desdenhar da Coronavac. “A Pfizer, essa sim, tem credibilidade, ao contrário daquela outra”.

Ao contrário do que diz o presidente, a vacina do Instituto Butantan e da chinesa Sonovac provou sua eficácia em testes científicos, tanto que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O mesmo não pode ser dito da cloroquina, que não encontra apoio para o uso contra a Covid nem mesmo no ministro da Saúde de Bolsonaro, Marcelo Queiroga.

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