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Avião que caiu sobre casas e matou irmãos começa a ser retirado; fotos

Avião que caiu e matou duas pessoas começou a ser retirado do local na manhã desta sexta-feira (24). Trabalho deve demorar cerca de 10h

atualizado

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Jucimar de Sousa/Material cedido ao Metrópoles
goias retirada do aviao
1 de 1 goias retirada do aviao - Foto: Jucimar de Sousa/Material cedido ao Metrópoles

Goiânia – O avião que caiu em cima de residências na capital goiana começou a ser retirado do local nesta sexta-feira (24/3). O trem de pouso e as portas da aeronave já foram retiradas, no entanto, as peças serão removidas em partes ao longo do dia, num trabalho que deve demorar cerca de 10 horas. Duas pessoas morreram no acidente e outras quatro ficaram feridas.

O avião do modelo Seneca III caiu em Goiânia na tarde de quarta-feira (22/3). A aeronave saiu de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, fez escala em Janaúba, na mesma região, e seguiu para o estado vizinho. Já na capital goiana, o avião caiu no bairro Vila Mutirão, a menos de 1 km do aeródromo.

Veja fotos da retirada da aeronave:

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Ao Metrópoles o mecânico aeroviário e representante da empresa WIP Aviação, contratada para tirar a aeronave, William Correia, disse que o trabalha demanda muita segurança e, por isso, as proximidades do local foram bloqueadas, para que um guindaste de grande porte possa levantar a aeronave.

“É um trabalho complexo e que demanda segurança. Toda a estrutura em volta da aeronave está abalada. A gente trabalha com cautela, calma, para não causar mais nenhum dano. A melhor forma de tirar a aeronave do local é por partes, já que não é possível içar o avião de uma vez. Então vamos cortando as partes, primeiro as mais pesadas, para depois conseguir retirar a estrutura toda”, disse ele.

Vítimas

As duas pessoas que morreram após a queda do avião eram irmãos. Leonardo Rodrigues da Rocha e Bruno Rodrigues da Rocha eram empresários em Minas Gerais e donos da aeronave, que também tinha como sócio o prefeito de Taiobeiras (MG), Denerval Germano da Cruz (PSDB). Eles chegaram a ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos e morreram no Hospital Estadual de Urgência Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

Além dos irmãos Leonardo e Bruno, que morreram no acidente, há outras vítimas internadas: Roberto Pereira Junior: piloto de avião, tem estado regular e respira espontaneamente; Winnicius Duarth Alves Rodrigues: engenheiro civil, tem estado regular e respira espontaneamente, e Priscila Fagundes Amaral, que tem estado grave e respira com ajuda de aparelhos. Indira Mendes Maia que também era tripulantes já recebeu alta hospitalar.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, na casa onde a aeronave caiu estavam duas mulheres, que não tiveram ferimentos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) estiveram na Vila Mutirão para fazer a ação inicial da ocorrência.

Sem autorização

Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião que caiu em Goiânia não tinha autorização para fazer táxi aéreo. Tratava-se de uma aeronave modelo Seneca III (EMB-810D), fabricada em 1993. Tinha capacidade para sete passageiros e foi fabricada pela Embraer. Os três sócios haviam comprado o avião em 2021.

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira, estiveram no local para investigar a causa do acidente. O Departamento de Aviação Civil (DEAC) também acompanha o caso.

“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo de investigação”, disse a Cenipa, em nota.

O centro de investigação também acrescentou que “a conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.

Colaborou Jucimar de Sousa

 

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