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Ataque à escola no RS foi planejado por ao menos 3 meses, diz delegado

Segundo a polícia, o jovem foi até a escola para matar um “desafeto”, mas acabou entrando em uma sala e acendeu o coquetel molotov

atualizado

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Reprodução/ GoogleMaps
Escola Rio Grande do Sul
1 de 1 Escola Rio Grande do Sul - Foto: Reprodução/ GoogleMaps

O adolescente de 17 anos que confessou ter atacado alunos em uma escola de Charqueadas (RS) com uma machadinha nesta quarta-feira (21/08/2019) planejou o ataque por pelo menos três meses, segundo afirmou a Polícia Civil do estado, que investiga o caso. No depoimento que deu aos policiais, o jovem contou quando comprou a gasolina usada para produzir os coquetéis molotov. As informações são do portal GaúchaZH.

Aluno do Instituto Estadual de Educação Assis Chateaubriand até 2015, o adolescente entrou pelo portão da escola para deixar a irmã. Segundo a polícia, ele foi até o local para matar um “desafeto”.

“Levando a irmã até a escola, ele aproveitou para monitorar esse desafeto. Mas ele o perdeu de vista e entrou em outra sala de aula, mas não tinha certeza de que o menino estava lá. Ele resolveu entrar e acendeu o coquetel molotov”, relata o delegado Marcos Schalmes, responsável pelo caso.

Tanto a polícia como o Ministério Público têm dúvidas se esse suposto desafeto realmente existe. No depoimento, o jovem disse que não sabia o nome do ex-colega, somente o apelido.

Detido ainda nesta quarta, o adolescente está internado provisoriamente em uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase).

“Conversando, ele não demonstra nenhum perfil de agressividade. Mas não olha nos olhos, abaixa a cabeça, é mais reservado. Menciona que, durante o período em que ele estudou lá, esse desafeto, além de agredi-lo, o chamava de “mudinho”, colocava apelidos. Mas, na escola onde ele estuda, tem amigos e uma vida social normal”, completou o delegado sobre o ataque do jovem, que surpreendeu pessoas que conviviam com ele.

O adolescente deve ser apontado por tentativa de homicídio. Os detalhes só serão definidos no final das investigações.

Redes sociais
O celular do menino foi apreendido para investigação, assim como as redes sociais.

“Vamos aprofundar as investigações para verificar se o adolescente se comunicava com outras pessoas, se teve colaboração no planejamento da ação criminosa. Durante o interrogatório, ele disse que não, mas queremos confirmar ponto a ponto”, afirmou o delegado.

Um mapa foi encontrado dentro da mochila do rapaz, junto com artefatos usados no ataque. Segundo o delegado, o mapa não tem relação com a localização da escola, mas a ligação dele com o ataque será investigada.

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