Associação de procuradores reage a críticas feitas por Lula
Segundo o presidente da ANPR, Deltan Dallangnol e equipe foram “agredidos de forma absolutamente injusta e descabida”
atualizado
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A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou nota de repúdio às críticas feitas neste sábado (7/4) pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Ministério Público e ao procurador Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Operação Lava Jato. O presidente da ANPR, José Robalinho Cavalcanti, disse que Dallangnol e equipe foram “agredidos de forma absolutamente injusta e descabida”.
Para a associação, as críticas do ex-presidente integram uma “clara estratégia que busca inverter os papéis”. “A Justiça, em todas as instâncias que se pronunciaram até o presente momento, deu integral razão aos procuradores da República em Curitiba”, diz a nota.Ainda de acordo com o documento, todos podem divergir, mas jamais ironizar. “É direito do ex-presidente, como de qualquer pessoa, demonstrar inconformismo ou difundir a versão que lhe aprouver. Nenhum cidadão está acima da lei, e ninguém, por mais importante líder que seja, ou maior tenha sido o cargo que ocupou, pode zombar e menosprezar a Justiça. As instituições são pilares da democracia.”
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#LavaJato | Por meio de nota, a ANPR repudia as declarações do ex-presidente Lula a respeito dos procuradores da República que atuam na Operação na Lava Jato, do trabalho do MPF e da Justiça brasileira. Confira: https://t.co/E5SEu2Jh4E#ANPR #ANPRnasRedes
— ANPR (@ANPR_Brasil) 7 de abril de 2018
No discurso, proferido nesta manhã (7), em São Bernardo do Campo (SP), Lula evitou citar nomes, mas fez duras críticas. “O que eu não posso admitir é o procurador que fez um power point e foi para a TV dizer que o PT é uma organização criminosa que quer roubar o Brasil e que Lula é o chefe”, afirmou o ex-presidente.
Em referência ao juiz federal Sérgio Moro, que decretou a prisão do ex-presidente, Lula afirmou: “o juiz tem que ter a cabeça mais fria, mais responsabilidade de fazer acusação ou de condenar”.